Partilhareste artigo
Os sindicatos Mais, SBC e SBN, afetos à UGT, criticaram a forma como o Montepio tem conduzido as negociações para a revisão do acordo coletivo de trabalho e exigiram que a instituição reveja a proposta de atualização salarial.
Relacionados
Num comunicado, os sindicatos do setor financeiro (Mais), dos Bancários do Centro (SBC) e dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) acusaram o banco de desprezar “o diálogo social”.
“Nos últimos três anos o relacionamento institucional entre estes Sindicatos e o Montepio tem sido claramente um faz de conta”, garantiram, indicando que “embora muito tenham feito para evitar o confronto, o desrespeito pelos trabalhadores e, consequentemente, por estes sindicatos, já não tem qualquer justificação e tornou-se inadmissível manter o atual estado de coisas”.
As estruturas sindicais consideram que este ano foram ultrapassados “todos os limites”, apontando vários exemplos das negociações em que criticam a atuação do Montepio.
Os sindicatos deram conta que o Montepio agendou uma reunião para 24 de maio para dar início às negociações diretas de revisão do seu acordo coletivo de trabalho, nomeadamente a discussão da atualização salarial, mas que na véspera, foram confrontados “com um comunicado aos trabalhadores informando-os da decisão unilateral de aumentar os salários em 3%”,
Subscrever newsletter
“Tudo isto é grave, porque reflete o desrespeito por estes sindicatos e o desprezo pelo diálogo social”, acrescentam.
“Depois de há meses ter respondido à proposta de 8,5% dos sindicatos com uma contraproposta de 2,5% de aumento, o banco antecipa-se à negociação e aplica um acréscimo salarial de 3%, percentagem pelos vistos já consensualizada com outras estruturas”, criticaram, referindo que “a reunião de dia 24 serviu apenas para se cumprir um pró-forma”.
As estruturas salientam que “não desistem do processo negocial e por isso insistirão numa próxima reunião, ainda não agendada”, adiantando que estão confiantes de que a administração do banco saiba reconhecer “a justiça das reivindicações e reveja a sua proposta de atualização salarial, demonstrando respeito pelos trabalhadores e pelos sindicatos”.
Os sindicatos asseguraram ainda que podem vir a recorrer “para outros patamares ou instâncias”.
Deixe um comentário