A Altice Portugal já reagiu ao anúncio da compra de 100% do capital do SIRESP pelo Estado e mostra-se satisfeita com a “conclusão deste longo processo” que chegou a ser anunciada em meados de maio por António Costa como estando “por horas”. O Estado fechou ontem o acordo para a nacionalização do sistema de comunicações de emergência por 7 milhões. Assume a partir de dezembro.
“A Altice Portugal e a Motorola Solutions confirmam a efetivação de um acordo relativo à aquisição por parte do Estado das suas participações na SIRESP SA”, confirmam as empresas ao Dinheiro Vivo. “No atual momento, e em estrito respeito ao decurso do processo, as empresas não fazem mais qualquer comentário excepto se tal se tornar imperioso por motivos de força maior”, diz ainda fonte oficia da empresa.
“É com satisfação que se regista a conclusão deste longo processo, principalmente, face a um desfecho a contento de todas as partes envolvidas”, diz fonte da operadora. Com mais de 50% do capital, a dona do Meo era a maior acionista do SIRESP, sistema de emergência da qual é ainda parceira tecnológica.
O controlo acionista do Estado do SIRESP foi um objetivo anunciado pelo Governo em conselho de ministros extraordinário depois dos incêndios que devastaram o centro do país em 2017, mas em agosto do ano passado, altura em que o Estado assumiu uma posição na empresa, a posição foi apenas de 33% ficando a Altice com a maioria do capital.
O tema voltou à discussão pública depois de notícias darem conta da existência de uma divida de mais de 10 milhões do SIRESP à empresa de satélites que assegurava o sistema de redundância das comunicações, para evitar falhas em situações de emergência. O pagamento de mesma pelo Estado não tinha tido aval do Tribunal de Contas, situação que estava a colocar em dificuldades financeiras a SIRESP SA.
Em meados de maio, no debate parlamentar, o primeiro ministro António Costa chegou a anunciar que um acordo para a compra da totalidade do capital da empresa estaria “por horas”. Foi ontem concluído.
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