//SNPVAC e TAP mantêm braço-de-ferro sobre novo AE

SNPVAC e TAP mantêm braço-de-ferro sobre novo AE

Estalou o verniz. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Cívil (SNPVAC) avançou, esta sexta-feira, que o presidente executivo da TAP “incorre num erro crasso” ao insistir que o sindicato aceitou a proposta de um novo Acordo de Empresa (AE).

“Nunca aceitámos o documento como final nem o assinámos, como afirma o CEO”, afirma o SNPVAC num comunicado enviado às redações.

“Chegámos a um acordo”, assegurou Antonoaldo Neves aos jornalistas, depois de uma audição parlamentar, nesta quinta-feira. “Disse que tinha chegado o momento para encerrar a questão e que tinha passado dos limites, mas, por vezes, é preciso passar dos limites para poder conquistar uma paz social”, afirmou na altura.

O CEO da TAP garantiu que cedeu em tudo e não pediu nada. Mencionou que foram “feitas cedências”, notando “um impasse” do sindicato em convocar a assembleia geral.

A direção do SNPVAC, por sua vez, esclarece que “as negociações de revisão de AE entre as partes foram terminadas no início do mês de agosto, sem qualquer assinatura de qualquer acordo final entre as partes”.

“Perante uma postura de intransigência da TAP e de uma imposição temporal da mesma de aprovação do documento para que existisse rectroatividade salarial a janeiro, condicionado o livre arbítrio dos associados, algo que não se verificou em nenhuma das restantes classes profissionais da TAP, pela defesa dos interesses dos nossos associados, somos obrigados a assumir esta posição como forma de garantir que os seus direitos estão acautelados”, informa.

Além disso, segundo os sindicalistas, “foram remetidos quatro ofícios à empresa” dando conta da situação, “pelo que não pode o CEO alegar desconhecimento”.

Em resposta ao CEO, lembram que “este impasse, na marcação da Assembleia Geral, é de rápida resolução assim seja a vontade da empresa, bastante para tal cumprir o AE vigente. Estávamos no bom caminho, no caminho do cumprimento dos procedimentos necessários, do respeito pelo AE e da boa-fé que é necessária para criar confiança. A TAP cortou esse caminho”.

Ver fonte