A Sonae SGPS acaba de anunciar que não vai avançar com a Oferta Pública de Venda (OPV) da Sonae MC, a dona do Continente, dadas as “condições adversas nos mercados internacionais”.
“A Sonae SGPS informa que, face às condições adversas nos mercados internacionais, a oferta institucional não se concretizará, o que determinará, consequentemente, a não execução da oferta pública de venda de ações da Sonae MC”, diz o grupo de Paulo Azevedo.
A concretização com sucesso da oferta para investidores institucionais era uma das condições para o avanço da OPV, ao não se concretizar ditou o fim da operação. As ordens de compra no retalho já efetuadas ficam também assim sem efeito, de acordo com o previsto no prospeto.
A Sonae falha assim uma operação com a qual esperava encaixar entre 304 milhões e 359 milhões de euros com a venda de parte do capital da sua unidade de retalho, que inclui o Continente e a Well’s. As datas e os termos da operação, bem como o preço de intervalo das ações, foram divulgados na passada quinta-feira dia 4 de outubro.
A oferta dirigia-se a investidores de retalho e institucionais, embora a Sonae SGPS pretendesse manter a sua posição de acionista maioritária da Sonae MC.
Empresas que retiraram OPV
Um recuo que o grupo justifica com condições adversas dos mercados internacionais, sem mais detalhes. No exterior, empresas como a Leaseplan, Vannin, Exyte ou a Smile Henkilostopalvelut também têm vindo a cancelar as suas OPV e a entrada em Bolsa de empresas como a Aston Martin, Westwing ou Funding Circle foram em queda.
Nos Estados Unidos, o gigante do retalho Sears está prestes a avançar com um pedido de insolvência, segundo tem noticiado a imprensa internacional. A Sears Holdings, dona da Sears e do Kmart, tem até 15 de outubro para pagar 134 milhões de dólares de dívida, num momento em que acionistas estão a vender ações da companhia com perdas.
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