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O grupo SPintos, bandeira de um universo de 15 empresas, decidiu entrar em novas áreas de negócio para eliminar eventuais riscos das conjunturas económicas. As novas apostas estão focadas no desenvolvimento de residências universitárias e hotéis, estando em cima da mesa a entrada no segmento da logística. Com sede em Paredes e detido integramente pela família Pinto, o grupo está também a investir na promoção residencial no Norte do país.
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No próximo ano, o grupo prevê arrancar com a construção de 103 estúdios na Covilhã, num investimento de 2,5 milhões de euros, avança o administrador e acionista Rui Pinto. O projeto, que tem por alvo os universitários deslocados a estudar na região, assenta na reconversão do edifício de uma antiga fábrica têxtil. Em fase final de licenciamento, o Meu Studio – marca do grupo para esta atividade – deverá estar operacional em janeiro de 2025.
Esta residência universitária irá juntar-se à primeira investida do SPintos neste mercado. Desde o início deste ano que o grupo explora o Meu Studio Residência, em Gandra, Paredes. O edifício tem 71 estúdios (145 camas) e uma taxa de ocupação de 90%. O projeto custou mais de dois milhões de euros, sendo que Rui Pinto estima que atinja já neste exercício o equilíbrio financeiro.
A marca Meu foi também a bandeira escolhida para o negócio da hotelaria, que o grupo inaugurou no final de 2021. O Meu Hotel Porto Gandra, com 50 quartos, é fruto de uma reabilitação profunda de um edifício que exigiu um investimento de 1,5 milhões de euros. Segundo Rui Pinto, a performance da unidade tem comprovado ter sido uma boa aposta, num território onde estão localizadas muitas empresas e próximo da Invicta. Entretanto, o SPintos está a remodelar uma propriedade de turismo rural em Penafiel, cujos 18 quartos estarão operacionais em meados do próximo ano. Este novo Meu tem um orçamento de obra da ordem dos 500 mil euros.
O segmento da logística está também na mira do SPintos. Como sublinha Rui Pinto, o objetivo “é diversificar, sermos flexíveis para entrar noutras áreas e investir em imóveis de rendimento”. A aposta nas novas atividades não esmoreceu os negócios principais do grupo: a construção e a promoção imobiliária. O SPintos, a comemorar 30 anos, está a desenvolver um conjunto de empreendimentos habitacionais em Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Porto e Paredes. Segundo avança o administrador, entre 2021 e 2026, o investimento acumulado nestes projetos, que integram mais de 900 frações, ascende a 200 milhões de euros. O esforço financeiro para toda esta carteira é proveniente em grande parte de capitais próprios, assegura. “O balanço é sólido. Temos pouca alavancagem”, frisa.
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O grupo SPintos, que também marca presença nos mercados da carpintaria e centrais de betão (duas em Portugal e uma na Costa do Marfim), tem desde 2012 atividade no Brasil e na Costa do Marfim. A entrada nestes países foi impulsionada pela crise que se abateu no setor da construção aquando da intervenção da troika. “Surgiu a oportunidade de entrar no Brasil e constituímos uma sociedade com um parceiro local”, revela. A Porto5 é uma empresa de construção civil, que atua fundamentalmente no Rio Grande do Sul. Já a entrada na Costa do Marfim sucedeu com a construção de um hotel e de um hospital. Agora, a atividade está centrada na produção e comercialização de artefactos de betão. O grupo faturou 55 milhões de euros no ano passado e estima fechar o exercício com um crescimento de 15% na faturação.
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