//Suécia. H&M arranca com serviço de aluguer de roupa

Suécia. H&M arranca com serviço de aluguer de roupa

A H&M arrancou com um serviço de aluguer de roupa, num momento em que a indústria de moda é acusada de ser um dos sectores que mais contribui para os problemas de sustentabilidade ambiental. O serviço, em fase piloto, está a funcionar na Suécia e vai permitir o aluguer semanal de roupa por 350 coroas suecas (cerca de 33 euros).

O retalhista sueco segue assim os passos de outras marcas de moda, como a Banana Republic ou a Urban Outfitters, que lançaram serviços semelhantes no início do ano para ganhar uma fatia de um mercado que o ano passado representou um volume de negócios de mil milhões de dólares, segundo noticiou o El País. Serviços digitais como a Vinted ou Hurr Collective estão em expansão no mercado europeu, oferecendo aos consumidores uma forma de alugar roupa usada.

O modelo proposto pela cadeia sueca está limitado a uma coleção de 50 prendas, oferecidas aos membros do cartão de fidelização da cadeia. Será feita uma avaliação após três meses, antes de ser decidido se a H&M irá estender o serviço.

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A indústria de moda, em particular a chamada fast fashion como a H&M ou Zara, têm estado sob pressão, sendo acusadas de ser responsável por 10% das emissões de dióxido carbono. Em média compramos mais 60% de roupas do que há 15 anos, mas cada peça só fica no roupeiro metade do tempo. Mais preocupante, estima-se que 60% de todas as roupas produzidas sejam queimadas ou acabem em lixeiras, segundo a Fashion for Good.

A H&M já vinha a experimentar na área da revenda – com uma parceria com a Sellpy, loja de roupas de segunda mão – e tem promovido a recolha de roupa nas lojas para reintroduzir materiais, como algodão, na cadeia de produção. Duas medidas que visa melhorar o perfil de sustentabilidade do negócio.

Usar material reciclado tem um impacto expressivo. Um mero par de jeans exige entre cinco a dez mil litros de água para ser produzido. Valor pode ser reduzido em 20% de água e químicos se for usado algodão reciclado. Neste momento, 57% dos produtos da cadeia usam algodão reciclado e há objetivos de atingir 100% em 2030.

Em 2040, H&M pretende chegar a zero emissões negativas, ou sejam chegar a um patamar em poderá compensar as más emissões com as que produz.

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