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A Zühlke, empresa suíça especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para setores como as telecomunicações, saúde, banca, consumo ou seguros, decidiu apostar no Porto para a instalação do seu terceiro centro de engenharia. O talento especializado e o grande espírito de inovação que a cidade oferece, a que se junta a qualidade de vida, determinaram a abertura deste hub, em operação há pouco mais de um ano, e que agora quer ganhar dimensão. Até ao final de 2022, a ambição da gestão é duplicar o número de colaboradores. Mas esta é só uma das fases da expansão planeada, que prevê um investimento de 1,5 milhões nos próximos cinco anos, na captação e retenção de engenheiros.
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Neste momento, o hub portuense tem uma equipa de 35 colaboradores especialistas em desenvolvimento de software – boa parte estrangeiros, numa filosofia de incorporar origens e backgrounds diferentes. O objetivo é “atrair perfis mais sénior para as áreas de sistemas embedded, com conhecimentos em Java, e engenharia de software, focado em .Net, React e Angular”, revela Mariana Salvaterra, diretora-geral da Zühlke em Portugal.
A engenharia dos projetos e serviços do centro do Porto “tem impacto internacional”, já que todas as soluções têm em vista os clientes além-fronteiras. E sublinha: “O Porto assume-se como uma peça estratégica para o modelo de negócio que o grupo desenvolve internacionalmente”. A título de exemplo, a responsável aponta o desenvolvimento da aplicação para monitorização de casos covid-19 no Reino Unido e a máquina Aeroccino da Nespresso.
Quatro dias
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A procura por profissionais da área da tecnologia tem sido superior à oferta, o que tem levado as empresas a rever as condições contratuais e os modelos de trabalho. Na Zühlke, que tem mais dois centros de engenharia (Sérvia e Bulgária), e escritórios em 17 países, o foco está na valorização e formação dos colaboradores. Segundo Mariana Salvaterra, a empresa investe na atratividade do pacote de benefícios onde, por exemplo, consta a oferta de seguro de saúde para trabalhador, cônjuge e filhos, promove a flexibilidade de horários e acordos para semanas de trabalho de quatro dias, e apoia também o regime de trabalho híbrido com ajudas de custo.
Em simultâneo, despende cerca de 10% do volume de negócios anual no desenvolvimento de competências, nomeadamente em ações de formação técnica, interna e de integração em novos projetos. No Porto, já definiu um orçamento de 1,5 milhões para contratação de talento, expansão das instalações e aposta em benefícios para os colaboradores.
No ano passado, a Zühlke somou receitas de 225 milhões de euros, um crescimento de 18% face ao registado no exercício anterior. Esta evolução foi acompanhada pela abertura de mais centros de operação, expansão para novos mercados e contratação de talento, diz Mariana Salvaterra. A aposta permitiu também reforçar os projetos da empresa nas áreas de dados e inteligência artificial. A Zühlke, fundada na Suíça em 1968 por um grupo de acionistas privados, tem alargado a sua área de atuação tanto na Europa como na Ásia, em países como a Alemanha, Reino Unido ou Singapura. Neste momento, conta com mais de 1600 colaboradores.
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