//SushiCafé quer abrir três novos restaurantes. E tem o Porto na mira

SushiCafé quer abrir três novos restaurantes. E tem o Porto na mira

Começaram por dar a conhecer melhor aos portugueses a comida japonesa. 15 anos e 13 restaurantes depois, o grupo SushiCafé quer juntar cozinha portuguesa à oferta e avançar para o Porto. Três novas aberturas e um investimento até dois milhões de euros são os planos para 2020. O grupo estima fechar o ano com uma faturação líquida de 10,5 milhões.

“Temos tido um papel no desenvolvimento do mercado de gastronomia japonesa em Portugal”, diz Gonçalo Salgado, um dos sócios do grupo, juntamente com Manuel e Luís Salema. O primeiro SushiCafé abriu há 15 anos no shopping Amoreiras, seguiram-se o SushiCorner, o Avenida SushiCafé, Asian Lab, o SOI e, mais recentemente, o Izanagi. Pelo meio, entraram na comida italiana com o Mano a Mano, depois do Este Oeste. “Temos algumas ideias do que queremos fazer a seguir. Temos projetos na área japonesa, asiática e noutras áreas gastronómicas onde não estamos presente.” Quais? “A nossa aventura começou por dar a conhecer aos portugueses a cozinha do mundo, mas gostávamos de entrar na cozinha portuguesa.”

Cerca de dois milhões de euros é quanto o grupo deverá investir em três novas aberturas, uma delas com uma nova insígnia, em 2020. Ano que poderá assinalar o salto do grupo de restauração para fora de Lisboa. “Este é um negócio de proximidade, o acompanhamento das operações é fundamental no sucesso. Ir para fora (de Lisboa) só faz sentido com parceiros locais que nos garantam essa mesma proximidade”, diz Gonçalo Salgado. “Temos algumas conversas a decorrer. Pode ser uma parceria de capital, um franchising.” “Porto é uma natural cidade target, qualquer outro país é uma hipótese.”

O grupo estima fechar o ano com uma faturação líquida de 10,5 milhões, uma subida de 11,5% face aos 9,25 milhões de 2018. Para o ano as perspetivas não são tão otimistas. Apesar da descida do IVA, os custos de contexto “são muito maiores”, constata Manuel Salema. “Os produtos estão muito mais caros, aumentou os custos com pessoal, há muito mais concorrência, não há pessoal qualificado, o que há é altamente volátil, o que nos leva a mais custos quando entram e saem. Esta diminuição do IVA, que se achou que ia ser espetacular, está completamente diluída, e por defeito, porque hoje os custos são mais pesados”, garante.

Os 13 restaurantes do grupo dão trabalho a 260 colaboradores. “Temos a trabalhar no grupo 15 nações. A maioria é portuguesa (não chega a 50%) e a segunda é do Nepal (19%)”, descreve Luís Salema. Mas é no pessoal que apontam a maior dificuldade do negócio. “O mercado está completamente saturado, aparecem pessoas sem nenhuma experiência. Tenho uma rotação superior a 70, embora 10% das pessoas já estejam no grupo há mais de cinco anos, é o núcleo duro que segura as operações”, relata. Uma questão de salários pouco atrativos da restauração? “O mercado tem estado a subir. Diria que o ordenado médio ronda os 850 euros. Não penso que o mercado pratique ordenados baixos.”

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