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A TAP decidiu cancelar 360 dos cerca de 500 voos programados para os dois dias da greve dos tripulantes de cabine, marcada para 8 e 9 de dezembro. A companhia aérea justifica a decisão tomada esta quarta-feira, que implica perdas de oito milhões de euros de receitas, como forma de “proteger” os clientes.
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“Para evitar que os clientes com voos reservados para estas datas sejam ainda mais afetados pela incerteza sobre se o seu voo, devido à greve, terá ou não lugar, a TAP decidiu cancelar 360 voos programados para os dois dias da greve”, avança a companhia aérea em comunicado. “Esta decisão terá um grande custo para a TAP, mas é a decisão certa para proteger os nossos passageiros.”
Em conferência de imprensa, realizada também nesta quarta-feira, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, adiantou ainda que a greve terá um impacto de cerca de oito milhões de euros de receitas perdidas, avança a Lusa.
Para a TAP, confirma-se “o cenário mais difícil” como resultado da “total inflexibilidade” do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (o SNPVAC) para negociar uma solução que “não prejudique os clientes”.
Recorde-se que o pré-aviso de greve foi aprovado em assembleia pelos tripulantes que integram o SNPVAC, no início de novembro, devido ao descontentamento dos trabalhadores com a proposta apresentada pela companhia aérea para o novo Acordo de Empresa (AE). A TAP vem agora dizer que “a proposta em questão, contudo, como é normal num processo desta natureza, é apenas uma proposta básica para efeitos de negociação”.
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Passageiros já estão a ser contactados
A TAP adianta que já iniciou o processo de cancelamento de voos e de informação aos passageiros. “A TAP contactará todos os passageiros afetados por estes cancelamentos, propondo voos alternativos, em datas diferentes, ou outras soluções que sejam aceites pelo cliente”, pode ler-se na mesma nota. “Com esta ação, a partir de hoje, e até 8 e 9 de dezembro, todas as equipas da TAP estão a trabalhar arduamente para encontrar as melhores soluções e minimizar todos os inconvenientes causados.”
A companhia aérea diz que continua “disponível para negociar com todas as estruturas representativas dos trabalhadores, com sentido de responsabilidade” e que este é apenas o “início” de um “longo processo” para garantir a viabilidade da empresa.
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