//TAP pede a insolvência da Groundforce

TAP pede a insolvência da Groundforce

A TAP recorreu aos tribunais nesta segunda-feira, 10 de maio, para pedir a insolvência da Groundforce. A companhia aérea, que é simultaneamente cliente e acionista minoritária da empresa de assistência em terra, considera que estão “esgotadas todas as hipóteses de encontrar com o acionista maioritário da Groundforce uma solução” e, por isso, decidiu avançar com o pedido de insolvência. Com esta medida, diz, pretende assegurar a viabilidade da empresa de handling.

“A Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (“TAP”), na qualidade de credora, requereu, hoje a insolvência da SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“Groundforce”), junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, com o objetivo, se tal for viável, de salvaguardar a viabilidade e a sustentabilidade da mesma, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses”, diz em comunicado enviado às redações.

A Groundforce, que tem como acionista maioritário a Pasogal de Alfredo Casimiro, presta serviços de assistência em terra à TAP nos aeroportos portugueses de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo. Além disso, a companhia aérea é acionista, mas minoritária, o que “não lhe permite pesar decisivamente nas opções estratégicas e na condução dos negócios desta sociedade, em sede de decisões do seu Conselho de Administração”.

Assim, perante “agravamento da situação financeira da Groundforce”, a “inexistência de soluções credíveis para a possibilidade de obtenção de financiamento (em particular, face à recusa de financiamento e de prestação de garantia por parte da Caixa Geral de Depósitos e do Banco Português de Fomento)”, a “recente decisão unilateral (e ilegal) da Groundforce de considerar inválidos e ineficazes os contratos celebrados em 19 de março de 2021 com a TAP, observando-se o seu incumprimento por falta de pagamento do aluguer dos equipamentos vendidos à TAP”, e a “falta de condições que, na perspetiva da TAP, o acionista maioritário da Groundforce tem para restabelecer a confiança dos seus credores”, a companhia aérea acredita que o único caminho possível para a viabilidade da empresa passa pela insolvência.