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As contas da TAP voltaram ao vermelho no primeiro trimestre do ano com um resultado líquido negativo de 57,4 milhões de euros, informou a companhia num comunicado enviado esta quarta-feira, 10, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Apesar dos prejuízos, registou-se uma melhoria em comparação com os primeiros trimestres de 2022 e 2019 de 64,3 milhões de euros e 49,2 milhões de euros, respetivamente.
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Já as receitas operacionais avançaram 70,4% face ao trimestre homólogo, para os 835,9 milhões de euros, uma subida sustentada “maioritariamente no aumento da capacidade e a melhores níveis da sua utilização”. A companhia transportou 3,5 milhões de passageiros entre janeiro e março (+66,9%) e viu também as receitas com as passagens subir 78,7% para 737,6 milhões de euros. A manutenção deu 43,6 milhões de euros à TAP mas, por outro lado, as receitas com carga e correio caíram 24,6% para 48,7 milhões de euros.
“O primeiro trimestre de 2023 mostrou uma continuidade do crescimento da procura, fazendo com que a TAP transportasse, pela primeira vez num trimestre pós-crise, mais passageiros do que em 2019. A TAP apresentou neste trimestre, um forte desempenho operacional e financeiro, apesar do aumento dos custos e dos desafios operacionais. Enfrentar esses desafios às portas do verão é o caminho no qual temos de nos concentrar. Caminho esse, que não se pode realizar sem o esforço e dedicação de todos os nossos colaboradores”, refere o novo CEO, Luís Rodrigues, na nota enviada ao mercado.
O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) recorrente foi positivo no acumulado do trimestre totalizando 113,9 milhões de euros. Já o resultado operacional, medido pelo EBIT, foi negativo de 16,3 milhões de euros.
Custos operacionais disparam 54,2%
A fatura de gastos da companhia atingiu os 852,2 milhões de euros (+54,2% face a 2022) “refletindo um maior nível de atividade, verificado pelo aumento dos custos com combustíveis e pelo aumento dos custos operacionais de tráfego.
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Os custos com combustível aumentaram 109,6%, totalizando 277 milhões de euros e os gastos operacionais de tráfego atingiram os 181,1 milhões de euros, um incremento homólogo de 42,7%. A TAP gastou mais dinheiro também na manutenção de aeronaves, 14,8 milhões de euros, uma subida de 86,2%. Também os custos com o pessoal pesaram mais 52,6% na fatura, somando 123,8 milhões de euros.
Já a dívida financeira líquida da empresa também ficou 12,1% mais pesada desde dezembro de 2022, atingindo os 787,1 milhões de euros.
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