Os primeiros seis meses do ano não foram fáceis para a maior companhia de bandeira nacional. A TAP revelou, esta sexta-feira, que fechou o primeiro semestre com um prejuízo líquido de 90 milhões de euros.
Em comunicado, estes resultados são atribuídos ao “forte aumento do preço dos combustíveis, pela volatilidade nas moedas dos principais mercados da TAP e por irregularidades operacionais”. No período homólogo do ano passado, a TAP registou 54 milhões de euros negativos.
“Gastos não-recorrentes totalizaram 40 milhões de euros e tal impacto negativo contribuiu para um resultado operacional de -47 milhões de euros, face a um resultado operacional de -43 milhões de euros em igual período do ano anterior”, sustenta a empresa.
Sem estes gastos, esclarece que “o resultado operacional teria sido -7 milhões de euros, face a um resultado operacional recorrente de -59 milhões de euros no primeiro semestre do ano anterior, e o prejuízo líquido teria sido 58 milhões de euros, face a prejuízo líquido de 67 milhões de euros em igual período de 2017”.
Quanto às vendas globais, a TAP registou um aumento de 18%, sobretudo devido ao aumento da procura dos mercados português, brasileiro e norte-americano. Até junho, representaram mais de metade (56%) das vendas.
A Áustria (44%), a Alemanha (42%), o Reino Unido (28%) e a Espanha (19%) também apresentaram evoluções positivas em relação ao mesmo período do ano passado.
A transportadora aérea destacou o “avanço significativo” na restruturação da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, “com redução total de aproximadamente mil colaboradores, o que representa praticamente metade do quadro de funcionários da subsidiária no início deste processo”.
Salienta ainda que fechou acordos salariais com a maioria das classes profissionais, “que se traduziram em aumentos salariais importantes, garantindo a paz social para os próximos cinco anos”.
Quanto ao segundo semestre, a TAP está confiante de que será “mais forte”. “Beneficiará dos planos da companhia para minorar irregularidades, designadamente a contratação e formação de mais pilotos e tripulantes de cabina, bem como alterações à estrutura de planeamento de escalas e medidas para incrementar a pontualidade”, refere.
Até ao final do ano, a companhia tem previstos novos aviões, entre os quais o novo A330neo, do qual será a primeira operadora mundial, o que permitirá à companhia voar para novos destinos.
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