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A TAP já afinou a estratégia para o próximo verão nas rotas de longo curso e prepara-se para aumentar o número de voos para os Estados Unidos, Brasil e Venezuela, entre os meses de junho e setembro. No total, a companhia vai reforçar a oferta transatlântica em 17 voos semanais repondo, desta forma, o número de ligações do pré-pandemia.
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Numa altura em que o mercado norte-americano cresce de forma expressiva nas contas do turismo nacional, a transportadora aproveita os bons ventos para incrementar as conexões entre Portugal e os Estados Unidos. Contas feitas, a companhia de bandeira irá operar mais 10 voos no próximo verão face a este ano: 14 voos semanais para Boston, cinco para Chicago, (mais um), 10 para Miami (mais três), cinco para San Francisco (mais um) e 10 para Washington (mais dois).
No que respeita ao Brasil, a oferta irá crescer em seis voos, com uma ligação adicional para Belo Horizonte, Salvador e Brasília e mais duas para São Paulo. Por fim, a capital da Venezuela contará também com mais um voo semanal entre Caracas e Lisboa, somando um total de três voos por semana.
Contratações a caminho
A CEO da TAP admitiu a necessidade de reforçar os quadros da companhia, nomeadamente com tripulantes e pilotos, para fazer face ao aumento da oferta definida para a próxima época alta. “Temos um plano para recrutar um número de colaboradores em linha com o número de voos. Mais voos significa mais trabalho para os cidadãos portugueses e são boas notícias”, referiu Christine Ourmières-Widener esta segunda-feira, 19, num almoço com jornalistas em Lisboa, sem, no entanto, adiantar detalhes sobre o número de vagas que a empresa irá disponibilizar.
Questionada sobre se a TAP despediu colaboradores a mais durante a pandemia e no âmbito das exigências do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, a presidente-executiva nega o cenário e justifica que a transportadora agiu em conformidade com a operação da altura. “Todas as companhias aéreas têm de se adaptar à atividade. As projeções diziam que seriam necessários quatro anos para recuperar o nível de tráfego de 2019 e conseguimos fazê-lo em dois anos. Estamos a tomar decisões agora com base nos dados que temos atualmente e estamos a tentar tomar as melhores decisões para a companhia”, justificou.
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TAP confiante em travar greves
Já sobre a possibilidade de os tripulantes de cabine avançarem com novas greves, Ourmières-Widener disse estar otimista em chegar a um entendimento com o SNPVAC de forma a evitar um novo protesto que, admite, a avançar teria um custo para a empresa de aviação superior aos oitos milhões de euros das últimas paralisações.
“Reunimos com o SNPVAC na semana passada e reunimos esta manhã. Acredito que estamos a ter um bom desenvolvimento nas conversações. Embora seja cedo, acredito que estejamos a ir numa boa direção. Estamos a tentar chegar a acordo e acreditamos que este seja possível”, indicou relembrando, no entanto, que apesar da abertura para negociar com os trabalhadores, existe uma barreira inultrapassável. “O nosso limite é o acordo de emergência e já o dissemos. É um compromisso entre o governo e a Comissão Europeia e é um limite que não poderemos ultrapassar”, alertou.
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