//Tarifa social Internet.  “Financiamento público foi afastado, a nosso ver erradamente”

Tarifa social Internet.  “Financiamento público foi afastado, a nosso ver erradamente”

A Apritel ainda está a analisar a proposta para a tarifa social de internet para as famílias de menores rendimentos mas considera que o financiamento público a este tarifário foi afastado pelo governo “erradamente”. Esta opção estava prevista na Lei das Telecomunicações, que deu entrada no Parlamento em abril.

“Ainda não conhecemos as características do serviço a prestar nem o seu preço pelo que não nos é possível tecer qualquer comentário sobre a sua adequação aos tarifários vigentes”, começa por reagir Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel, associação que representa os operadores.

“A metodologia de cálculo dos custos líquidos é desconhecida, a determinação do encargo excessivo (conceito também por definir) estará dependente do preço a praticar e o financiamento público foi afastado, a nosso ver erradamente”, diz o responsável. “É importante salientar que, tal como acontece noutros setores, deveria haver apenas uma Tarifa Social de Internet por habitação”, reforça.

O que diz a futura Lei das Telecomunicações

Prevista na nova Lei das Telecomunicações, a tarifa social de internet visa dar às famílias de menores rendimentos acesso a serviços digitais. Para garantir o acesso dos portugueses com baixos rendimentos a estes serviços, das duas, uma: ou o Governo assegura que “esses consumidores sejam apoiados para efeitos de comunicações eletrónicas”, ou pode “exigir aos prestadores” que ofereçam “opções ou pacotes de tarifários (…), com funcionalidades básicas, diferentes dos oferecidos em condições comerciais normais ou que apliquem tarifas comuns, incluindo o nivelamento geográfico das mesmas, em todo o território”, podia ler-se na proposta de Lei que em abril deu entrada no Parlamento.