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A TaskRabbit comemora o primeiro aniversário em Portugal com o alargamento da atividade à Madeira, onde os residentes interessados se podem “alistar” na plataforma como prestadores de serviços domésticos (que a empresa designa por taskers) e os potenciais clientes podem aceder para contratar essa oferta, à semelhança do que já é possível fazer no território continental. E o objetivo para este ano é “duplicar a presença comercial em Portugal”, assegura Begüm Zarmann, diretora geral da TaskRabbit na Europa.
Por agora, o marketplace do grupo Ikea já agilizou “mais de cem mil reservas” em Portugal e conta com 5300 pessoas registadas como taskers. São referências que levam gestora a admitir: “Ligámo-nos ao mercado de uma forma muito positiva. Para ser honesta, excedemos as nossas expectativas em termos de inscrições de taskers e clientes. O nosso primeiro ano em Portugal correu muito bem, estamos muito satisfeitos com os resultados”, embora sem adiantar o valor da faturação.
Begüm Zarmann atribui o êxito da operação no último ano “à captação do interesse das pessoas de ambos os lados deste marketplace“, reportando-se tanto a “clientes que precisam de ajuda com tarefas em casa ou recados”, como aos “trabalhadores independentes fiáveis e qualificados (taskers) capazes de os ajudar de forma rápida”.
Do lado da oferta, a gestora refere que se trata de uma “uma forma simples de ganhar dinheiro, onde [os prestadores do serviço] têm controlo e podem estabelecer as suas próprias tarifas” – segundo a empresa, o melhor tasker sediado em Portugal ganhou mais de 49 mil euros. Do lado dos clientes, considera que têm dado um “contributo fundamental” para “o forte crescimento”.
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Mas há aqui uma particularidade: Begüm Zarmann assinala que os portugueses “estão a surpreender ao mostrarem interesse em categorias que não são tipicamente as nossas principais áreas de negócio”. Cita um exemplo: “Uma das nossas categorias mais solicitadas é a dos serviços de limpeza, a qual contrasta com outros países da Europa onde a limpeza não é tipicamente muito procurada. Por isso, estamos a analisar como melhor adaptar a plataforma às necessidades do mercado português”.
No modelo de negócio – que a empresa considera “único”, os taskers “decidem quando, onde e com quem querem trabalhar”, podendo inscrever-se num universo de 40 categorias disponíveis na plataforma em função das suas competências. São eles que definem a sua tarifa para cada categoria individual. “Aos clientes é cobrada uma taxa segura e de confiança, além da tarifa do tasker, o que significa que levam para casa 100% do valor, juntamente com 100% de quaisquer gorjetas recebidas”, explica Begüm Zarmann.
“Estamos realmente orgulhosos do nosso modelo de negócio que encoraja ativamente o empreendedorismo e empodera os taskers a serem autónomos”, reforça.
Questionada sobre a quota de mercado com origem no Ikea, a gestora apenas reconhece que “é um parceiro valioso”, acrescentando que os serviços da plataforma para montagem de mobiliário daquela marca estão disponíveis nas cinco lojas físicas, em Braga, Matosinhos, Alfragide, Loures e Loulé, e através do website do Ikea.
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