//Televisões querem lançar concurso para medição de audiências

Televisões querem lançar concurso para medição de audiências

As televisões em sinal aberto RTP, SIC e TVI fecharam um acordo com a GfK para a prestação de medição de audiências durante um período transitório de 12 meses, depois de não ter sido possível chegar a acordo para prolongar o atual contrato entre a Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) e o prestador de serviço que finda a 31 de dezembro. As estações anunciaram ainda que será lançado um concurso internacional para encontrar um novo prestador de serviços.

“Os operadores RTP, SIC e TVI reiteram a importância da existência de um serviço de medição de audiências televisivas que seja transparente, fiável e independente. Tendo presente que o contrato de prestação de serviços de medição de audiências celebrado entre a CAEM e a GfK cessa no próximo dia 31 de dezembro, não tendo as partes logrado alcançar um entendimento relativamente à renovação ou prorrogação do mesmo, os operadores televisivos em apreço acordaram com a GfK, para garantir a estabilidade no mercado, a prestação do serviço de medição de audiências, a partir do dia 1 de janeiro de 2019, por um período transitório de 12 meses”, informaram as estações num comunicado conjunto.

“Nesse intervalo, iniciar-se-á um procedimento concursal internacional para a prestação do serviço de medição de audiências por um período temporal mais alargado”, referem ainda as televisões generalistas. “Os operadores RTP, SIC e TVI estão disponíveis para incluir no referido acordo outros representantes do setor e do mercado”, dizem ainda.

Uma data concreta para o lançamento do concurso não foi adiantada, mas ao prolongar este contrato com a GfK atual prestadora do serviço, as televisões garantem ter pelo menos um ano para lançar concurso, escolher a empresa prestadora e a montagem do serviço, com a constituição do painel de audiências.

Os operadores mostram disponibilidade de incluir outros representantes do sector, mas, no limite, podem avançar sozinhos com o arranque do concurso, admite fonte do mercado ouvida pelo Dinheiro Vivo.

A concretizar-se este cenário significaria uma alteração do atual paradigma. Desde 2011, altura em que a GfK emergiu como vencedora, o contrato com o prestador de medição de audiências era com a CAEM, um organismo tripartido com representantes das estações, das plataformas de distribuição de televisão paga e das agências de meios. Elementos que asseguraram o pagamento do contrato na época na ordem dos 2 milhões, sendo o grosso desse montante pago pelas estações generalistas.

(em atualização)

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