//Thomas Cook: 26 filiais já terão pedido insolvência em vários países

Thomas Cook: 26 filiais já terão pedido insolvência em vários países

O segundo maior operador turístico da Europa, a britânica Thomas Cook, entrou em colapso na passada segunda-feira, 23 de setembro. E nos últimos dias, os efeitos desta bola de neve têm vindo a ser conhecidos. Turistas retidos em vários destinos e hotéis sem receberam os seus pagamentos são duas das consequências mais notórias da quebra do operador.

Nas últimas horas, as autoridades alemãs decidiram conceder um empréstimo de emergência – que precisa de luz verde de Bruxelas – à companhia aérea Condor, subsidiária da Thomas Cook com sede na Alemanha. Agora, está a ser noticiado que 26 filiais da operadora britânica declararam a suspensão de pagamentos em vários países europeus.

Todas as filiais britânicas, de acordo com fontes da agência Efe citadas pelo jornal espanhol Cinco Días, deixaram já de operar, incluindo a companhia aérea, o que deixou milhares de passageiros em terra e obrigou as autoridades do Reino Unido a iniciar um processo de repatriamento dos seus cidadãos de grande escala. Há, todavia, ainda empresas que pertencem à esfera Thomas Cook que continuam a operar.

Na Alemanha, já foram realizados vários pedidos de insolvência de várias firmas. O objetivo deste processo é precisamente permitir que as companhias continuem com a sua atividade. O jornal escreve ainda que as firmas Thomas Cook Alemanha, Thomas Cook Touristik e Bucher Reisen & Oeger Tours pretendem avançar com um processo de separação da casa-mãe de forma a evitar as reclamações e pagamentos a credores.

Défice da balança de 3,1 mil milhões de libras

Na segunda-feira, quando a Thomas Cook declarou falência, o défice da balança ascendia a 3,1 mil milhões de libras (mais de 3,5 mil milhões de euros no câmbio atual), de acordo com os dados que constam dos documentos que foram entregues em tribunal, citados pelo jornal The Times.

Num testemunho em tribunal, Peter Fankhauser, ex-CEO da Thomas Cook, indicou que o passivo da empresa incluía uma dívida de 1,9 mil milhões de libras (mais de 2,1 mil milhões de euros no câmbio atual). Disse ainda que: “o balanço da companhia tinha um défice de mais de 3,1 mil milhões de libras” e antecipava que depois do falhanço das negociações com vista a uma reestruturação da empresa “de uma forma simples a companhia ia ficar sem dinheiro a 4 de outubro”. Fankhauser confirmou que “a ausência de financiamento” foi uma das principais razões que levou a administração da empresa a optar por ir para liquidação.

A situação financeira da empresa tornou-se mais vulnerável, e acabou por determinar a sua falência, devido ao Brexit e também à concorrência dos rivais online.

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