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A ambição está definida: continuar a crescer a dois dígitos. E para o conseguir a Timac Agro, que em Portugal é a principal marca da empresa Vitas, está a investir não só no produção e comercialização de vinho – um projeto único e pioneiro dentro do grupo a nível global – como na apresentação de novos produtos. Com isto a empresa pretende não só manter a taxa de crescimento, mas também aumentar o número de técnicos de campo e fomentar uma maior aproximação com os agricultores.
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2022 foi um ano em cheio para a empresa, a nível internacional e nacional. No mercado interno, a maioria do investimento incidiu no reforço do setor vitivinícola, realizando-se através da aquisição de 30 hectares de terreno em Almeirim e consequente instalação de vinha (a que se juntaram outros 50 hectares uns meses mais tarde), mas também na criação da primeira filial comercial Falua no Brasil e ainda a instalação de 11 hectares de vinha em Vila Verde.
Rui Rosa, presidente da Vitas Portugal, destaca, entre os vários investimentos feitos, o acrescento, no Tejo, de 125 hectares ao terreno que a empresa já tinha, assim como as aquisições na área do milho em Monção e uma nova instalação de vinha em Vila Verde. “No total estamos a falar de cerca de 200 hectares de novas vinhas”, aponta.
A aposta no setor do vinho é algo pioneiro dentro do grupo Rollier. Um investimento em crescendo que, no ano passado, faturou nove milhões de euros (a empresa fixou-se nos 35 milhões). Valores que confirmaram as previsões anunciadas a meio do ano passado. Nessa altura, numa conjuntura difícil, Rui Rosa apontava para um crescimento de 20%, que se veio a confirmar. A explicação, refere o executivo, assenta no facto de a empresa, mesmo em tempos de crise, fazer investimentos continuados, “[o que] nos tem permitido, nos últimos anos, crescer sempre a dois dígitos, em termos de faturação”.
Quanto a este ano, “pretendemos continuar com este crescimento de dois dígitos”, mesmo porque, acrescenta Rui Rosa, “continuamos a fazer investimentos fortes”. Ou seja, a lógica mantém-se. “Estamos com uma dinâmica forte de crescimento do grupo à escala global e no nosso país a mesma coisa”. O que se reflete também ao nível dos recursos humanos. A empresa em Portugal tem, neste momento, cerca de 60 técnicos de campo, mas o objetivo é aumentar para 80 até ao final do primeiro semestre.
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Para ajudar na difícil tarefa de angariação de recursos humanos, a empresa, a par do Instituto Superior de Agronomia (ISA), lançou no ano passado uma formação – o primeiro curso certificado – de capacitação em nutrição vegetal. A primeira edição teve apenas como público-alvo os colaboradores internos da Timac Agro, mas, como revelou ao Dinheiro Vivo Rui Rosa, as próximas edições estarão abertas ao público em geral. Mesmo porque “houve muita procura e solicitações”. A empresa ainda está a coordenar a formação com o ISA, mas a ideia, revela o presidente da Vitas Portugal, é também reduzir a duração da mesma, dos 18 meses para 12 meses.
O crescimento vai ainda alavancado na apresentação de novos produtos na área de nutrição agrícola. Os primeiros serão lançados no dia 1 de abril. Trata-se de uma nova abordagem – assente em micro-organismos – que, segundo Rui Rosa, “vem responder a um conjunto de necessidades que, em geral neste tipo de empresas onde nós operamos, não dispõem desses produtos”. São três produtos de base biológica que vão trabalhar a parte fungicida, mas também a quimioestática e a resiliência probiótica. São eles o Tusal – que resulta da aquisição, feita em 2021, da divisão agrícola da New Bio Technic (NBT), empresa especializada em biotecnologia – o Emeoro Mix e o Probital.
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