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Confiante que o consumidor é a “chave da mudança” para um mundo mais sustentável, a Tintex, de Vila Nova de Cerveira, está apostada em sensibilizar a comunidade local e regional para a relevância e o impacto da inovação têxtil no ambiente e na economia. E, por isso, aderiu ao programa Novo Rumo a Norte com o objetivo de aumentar o conhecimento da comunidade sobre os seus processos e produtos, de forma a contribuir para que os consumidores “possam fazer escolhas mais informadas e conscientes”.
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O projeto, que está em desenvolvimento, prevê a criação de website informativo e a organização de workshops temáticos junto da comunidade local, designadamente nos agrupamentos escolares e em associações civis, para dar a conhecer os seus produtos e os métodos inovadores e sustentáveis que aplica. Esses encontros de divulgação têm ainda a vantagem de permitirem “desmistificar a visão de que a indústria têxtil é um trabalho pesado, com baixos salários e reduzidas oportunidades de progressão profissional”.
Ricardo Silva, CEO da empresa, elogia o Novo Rumo Norte, considerado que a aproximação das associações às empresas “é positivo”, tendo gerado “motivação nas equipas”. Quanto a resultados concretos, “vai-se ver com a implementação do projeto”, sustenta. O objetivo é conseguir a “proliferação dos princípios de sustentabilidade” que a Tintex pratica a montante e a jusante, influenciando parceiros e clientes. A colaboração “é o elemento chave para o sucesso”.
Com 137 trabalhadores na tinturaria, em Vila Nova de Cerveira, e mais 24 na tricotagem, em Esposende, a Tintex fechou 2021 com vendas de 11 milhões de euros, ainda abaixo do período pré-pandemia. 2022 é “um ano atípico”, diz Ricardo Silva, por causa das questões energéticas e de aumentos dos custos das matérias-primas. “Estamos a faturar mais, mas toda a gente está. Com os custos todos a subir o preço de venda também é superior, não quer dizer que as empresas estejam melhor do que antes”, frisa. No seu caso específico, o segundo trimestre “foi bem melhor do que o primeiro” e a tendência para o resto do ano é “positiva”.
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