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Começou como spin-off da Sonae, mas hoje, a Tlantic ajuda a Auchan a gerir a sua força trabalho de cerca de 9 mil colaboradores, juntando-se às insígnias da Sonae MC e ao Lidl, que também usam as suas soluções de software para o retalho. A empresa, que já opera no mercado externo, tem um objetivo. “Queremos consolidar a nossa presença no mercado espanhol e expandir para França e Inglaterra. Na América Latina vamos atuar, principalmente, no Chile e na Colômbia, países onde temos atuação mais ativa através de parceiros estratégicos”, adianta Paulo Magalhães, o CEO da Tlantic. A empresa faturou 7 milhões de euros no ano passado.
Retalhistas que representam 50% do mercado alimentar em Portugal já usam as soluções de software desenhadas pela Tlantic para ajudar a gerir escalas e horários dos trabalhadores, fluxos de stock, preço, controlo de validade e abastecimento de mercadorias (mobile retail), mas também a tesouraria das lojas, as vendas e o controlo e monitorização dos operadores de caixa (sales service). Começa agora a trabalhar com a Auchan na gestão da sua força de cerca de 9 mil colaboradores, em Portugal, mas “não está excluída a possibilidade” de ampliar “a atuação a outros países da Europa”.
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Brasil, onde a Tlantic tem escritório em São Paulo e Porto Alegre, representa cerca de 40% da faturação da companhia que fechou o ano passado com 7 milhões de euros. “É o mercado brasileiro, sem dúvidas, que ganha a nossa maior atenção”, diz. Nesse mercado trabalham com clientes de grandes dimensões, como o grupo Pão de Açúcar – “o segundo maior retalhista do Brasil, com faturação de mais de 60 mil milhões de reais ao ano e mais de 800 lojas físicas” -, bem como no setor das farmácias, com as redes Panvel e Drogaria Araujo – “o quinto e sétimo maiores grupos de farmácias do país, com 4 mil e 3 mil colaboradores, respetivamente – e na moda, com a rede de fast fashion Marisa, “uma das maiores de moda feminina brasileira, com quase 400 lojas a nível nacional”.
A Musgrave (Irlanda), a Iberian Sports Retail Group – que resulta da fusão entre a Sport Zone e a JD Sprinter, o segundo maior retalhista ibérico de moda de desporto – e a rede alimentar Condis (Espanha) fazem também parte da carteira de clientes. O mercado ibérico representa mais de 50% das receitas, com os serviços a serem prestados a partir da sede no Porto.
“O nosso objetivo principal é seguir com a nossa estratégia de internacionalização e consolidação das presenças nos mercados ibérico e brasileiro”, revela. Mas há mais geografias onde querem reforçar. “Temos parceiros de negócios importantes, como a NCR, líder mundial na oferta de máquinas de self checkout, o Kaizen Institute e a Taiga Consulting, na América Latina, entre outros, que nos permitem ampliar a presença e a oferta de valor. É desta forma que pretendemos ainda expandir a novos mercados, como os países da América Latina e outros da Europa”, adianta. França, Inglaterra, mas também Chile e na Colômbia estão na mira.
Apesar de a pandemia ter atingido fortemente o retalho físico, onde está o foco da Tlantic, a empresa fechou o ano com 7 milhões de faturação. Um resultado “realmente positivo, considerando que os objetivos iniciais foram atingidos”. “Não tivemos impacto negativo financeiro nem nos quadros laborais.”
Neste momento, a Tlantic já está “a 90% do objetivo de vendas” de 2021. “O foco está agora na expansão das vendas dentro dos clientes e na atuação junto dos parceiros, para conquistar clientes, que representem crescimento de 15% a 20% na faturação anual.”
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