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A Too Good To Go (TGTG) tem uma nova country director em Portugal. Maria Tolentino, que entrou na empresa em 2022, tem agora a responsabilidade acrescida de orientar os destinos da plataforma que ajuda a combater o desperdício alimentar.
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O grande objetivo é, obviamente, continuar a fazer crescer a comunidade de utilizadores e de parceiros. “Sem dúvida, que Portugal precisa de uma sensibilização, por forma a que haja cada vez mais pessoas a utilizar a nossa aplicação, mas também precisamos de continuar a atrair mais marcas, marcas grandes e de vários segmentos”, apela Maria Tolentino, alertando para o facto de o desperdício afetar todos os segmentos alimentares. “Assim, em conjunto, conseguimos reforçar o crescimento desta nossa comunidade e salvar mais surprise bags.”
As surprise bags são isso mesmo – uma vez que depende do excedente de cada estabelecimento parceiro da TGTG – o que cada utilizador da app compra por um valor que varia entre os dois e os cinco euros. A intenção é que exista uma redução de cerca de 70% face ao preço original dos produtos e que se evite que aqueles artigos alimentares acabem no lixo. Segundo a TGTG, em Portugal, são salvas três surprise bags por minuto.
Como explica Maria Tolentino, no ano passado, a plataforma cresceu de 42% em termos de número de utilizadores, que estão ativos na app e adquirem surprise bags. “Isto significa 1,1 milhões de surprise bags vendidas um pouco por todo o país, continente e ilhas”, o que representou cerca de 1100 toneladas de alimentos não desperdiçados, diz a gestora da TGTO.
Já nos primeiros sete meses deste ano a Too Good To Go conseguiu um crescimento de cerca de 50% em termos de número de surprise bags salvas. “Este é um valor muito importante para nós, mas não podemos esquecer que a nossa ambição continua a estar sempre nestes 40% de surprise bags, mais 30% de utilizadores ativos diariamente na nossa aplicação e também com o crescimento dos cerca de 15% dos parceiros”, anuncia a responsável que pretende reforçar as campanhas de sensibilização para a necessidade de combater o desperdício alimentar. Um combate que Maria Tolentino quer estender às entidades oficiais. E aponta como objetivo conseguir “trabalhar mais em conjunto com os governos, com as instituições públicas para encontrarmos soluções e medidas eficazes também numa escala maior para o desperdício alimentar”.
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“Acho que quando colocamos regras, devemos investir depois esforços para verificar até onde é que efetivamente estamos a conseguir cumprir com estas medidas”, considera. E relembra que, em Portugal, desperdiça-se anualmente cerca de 1,8 milhões de toneladas de alimentos (uma média de 180 quilos por pessoa). Só nas casas portuguesas, segundo dados da TGTG, o desperdício alimentar custa quase 30 euros mensalmente a cada português, em média, o que perfaz quase 350 euros perdidos em más práticas de gestão alimentar, num ano.
O caminho faz-se caminhando e, num período de cinco anos, Maria Tolentino vê a empresa que lidera a afetar outros momentos da cadeira alimentar. Ou seja, vê a TGTG impactar fases anteriores e a conseguir evitar o desperdício alimentar mais cedo. “Vejo a TGTG a salvar cinco suprise bags por segundo. Portanto, a ter um impacto ainda maior, e vejo a TGTG a discutir medidas com governos, instituições públicas, a um nível muito maior, muito mais alargado, muito mais completo, para que todos consigam priorizar o combate ao desperdício alimentar”.
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