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Os trabalhadores da Dielmar vão concentrar-se na segunda-feira, à porta da Câmara de Castelo Branco e, na terça-feira, em frente ao Tribunal do Fundão, a exigir o pagamento dos salários de outubro.
Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa (STBB), refere que “é necessário assegurar o pagamento dos salários do mês de outubro às trabalhadoras”.
Neste âmbito, informa que vão realizar uma concentração em Castelo Branco, na segunda-feira, às 15:00, em frente a câmara local e, na terça-feira, às 14:00, no Fundão em frente ao Tribunal, onde irá decorrer a assembleia de credores.
“O facto de não nos deslocarmos a Lisboa, como tínhamos dito”, resulta da circunstância de, “após as diligências e apelos do Sindicato Têxtil/CGTP-IN, o Ministério da Economia nos ter contactado, dando conta que continua a trabalhar numa solução, não nos indicando, contudo, de que solução se trata”, lê-se na nota.
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O STBB sublinha que quer deixar “muito claro” que na assembleia de credores, prevista para terça-feira, “deve aparecer uma solução que garanta a rápida retoma da laboração da unidade industrial da Dielmar e a manutenção dos postos de trabalho”.
“Para isso é necessário que os credores e as entidades competentes, e muito particularmente o Ministério da Economia e o Governo, sejam concretos e rápidos e assegurem o pagamento do salário do mês de outubro e dos meses subsequentes”, sustentam.
Fundada em 1965, em Alcains, por quatro alfaiates que uniram os seus conhecimentos, a Dielmar, que empregava mais de 300 trabalhadores, pediu a insolvência em agosto, ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de covid-19.
A assembleia de credores da empresa de confeções Dielmar volta a reunir no dia 26, depois de ter decidido dar mais 15 dias para que as propostas e manifestações de interesse pudessem ser consolidadas.
A decisão foi tomada na sessão que teve lugar no dia 6 de outubro, no Tribunal do Fundão, durante a qual foram colocadas em cima da mesa duas possibilidades, nomeadamente a de avançar para o encerramento definitivo e liquidação dos bens ou, em contrapartida, optar pelo adiamento de uma decisão para que as propostas pudessem ser fortalecidas.
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