//Transportadora do ‘Códice Da Vinci’ investe meio milhão na renovação da frota

Transportadora do ‘Códice Da Vinci’ investe meio milhão na renovação da frota

A Feirexpo by Rangel, especializada no transporte e logística de obras de arte e de feiras e eventos, decidiu investir meio milhão de euros na renovação de metade da sua frota de forma a reforçar a segurança e qualidade do transporte. As novas viaturas, entre pesadas e ligeiras, virão equipadas com tecnologias como botão de pânico, tranca elétrica de portas controlada à distância, sistema de alerta para movimentos, luminosidade e humidade, alertas para alteração de rota programada, paragens não previstas, entre outras. O investimento estará concluído até ao final de 2020, num ano “especialmente difícil” para esta unidade de negócio do grupo, como sublinha o CEO, Nuno Rangel.


A Feirexpo “foi a empresa da Rangel que mais sentiu o impacto da pandemia”. Numa semana, “passámos de overbooking para uma agenda totalmente vazia, com 100% de cancelamentos, levando-nos ao layoff”, adianta. A reabertura gradual do país após dois meses de confinamento permitiu que a transportadora recuperasse a atividade, embora as previsões apontem para que o ano feche com uma quebra de 20% na faturação, face aos quase três milhões registados em 2019.

Com mais de 20 anos de atividade (foi criada aquando da Expo’98), a Feirexpo pode orgulhar-se de ter estado na retaguarda da organização de exposições ímpares a nível nacional e internacional, e de contar com clientes como os museus Nacional de Arte Antiga e da Presidência da República e fundações como Serralves ou a Gulbenkian. Como sublinha Nuno Rangel, “pelas mãos dos nossos profissionais já passaram verdadeiras preciosidades, como os famosos manuscritos de Da Vinci, que envolvia os ‘Códice Da Vinci’, propriedade do Bill Gates” e muitas obras para eventos em Lisboa, Paris, S. Paulo e Pequim. Como nota, a Feirexpo é a única empresa portuguesa a movimentar os coches do Museu Nacional dos Coches.

Para garantir esta carteira, a empresa investiu ao longo dos anos na constituição de uma equipa própria e especializada neste negócio, numa carpintaria, que fabrica à medida e de acordo com as especificidades da obra de arte a caixa de madeira para o transporte e numa casa-forte. Este ‘bunker’ climatizado (com sistema de controlo de temperatura e humidade), com dois mil metros cúbicos e paredes em betão com 40 centímetros de espessura implicou um investimento de 400 mil euros. Não há quem entre sem autorização: o acesso obriga a leitura biométrica, registo digital e em vídeo, sendo que este grande cofre tem ainda segurança 24h /dia, 365 dias/ano e videovigilância.

Apostar nas feiras

Apesar do pano de fundo da conjuntura estar marcado pelo surto pandémico, Nuno Rangel decidiu também reforçar a componente de serviços para feiras e eventos da Feirexpo. Segundo adianta, na Europa, os processos de transporte e logística para estes eventos estão há muito facilitados e, por isso, o foco são “destinos mais difíceis, como sudoeste asiático, Estados Unidos, Rússia e América do Sul”. O objetivo “é conseguirmos em 2021/2022 afirmarmo-nos também como uma referência na liderança da logística de feiras e eventos”, sublinha.

O plano é ambicioso: “Esperamos que no final de 2022, possamos dobrar o nosso volume de negócios, ou seja, quase seis milhões de euros, e cumprir o objetivo de no triénio de 2021 a 2023 conseguir, em termos acumulados, ultrapassar os 15 milhões”.