//Transportes públicos com mais duas semanas de greves

Transportes públicos com mais duas semanas de greves

O fim do segundo confinamento acabou com a paz social que reinava nos transportes públicos há mais de um ano. Desde o início de maio não há semana sem greve de 24 horas, parcial ou ao trabalho extraordinário. A federação de sindicatos do setor exige ao Governo a subida dos salários.

O ministro das Infraestruturas admite que não pode “resolver tudo”. Nas próximas duas semanas são esperadas mais greves a nível nacional e nas regiões de Lisboa e do Porto.

A CP é a empresa mais visada: nos últimos 45 dias, teve duas semanas de greve ao trabalho extraordinário e mais cinco dias de paralisações de 24 horas. A transportadora ferroviária sofreu ainda com as greves na Infraestruturas de Portugal (IP), da qual depende para pôr os comboios a circular.

Afeto à CGTP e filiado na federação de sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) tem sido o principal protagonista destas paralisações.

Ao Dinheiro Vivo, o coordenador da federação, José Manuel Oliveira, explica como os salários dos trabalhadores dos transportes estão cada vez mais próximos do salário mínimo nacional, de 665 euros.

“Há uma evidente desvalorização dos trabalhadores. Há categorias profissionais com diferentes responsabilidades e que estão a ficar com o mesmo salário de funções menos valorizadas e com menos qualificações”, alerta.