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A Transtejo já pode encomendar os 10 barcos elétricos para renovação da frota. A empresa fluvial recebeu esta sexta-feira o visto prévio do Tribunal de Contas relativo ao contrato de 52,44 milhões de euros com a Astilleros Gondán, assinado em 29 de janeiro. A primeira unidade deverá começar a operar no segundo trimestre de 2022, ou seja, daqui a pouco mais de um ano.
“A Transtejo recebeu hoje, 19 de março, o visto prévio do Tribunal de Contas relativo ao Contrato de fornecimento dos 10 navios elétricos, celebrado com o estaleiro asturiano Gondán, S.A., no passado dia 29 de janeiro. Está, assim, concluído o processo legal que antecede a concretização do projeto de renovação da frota de navios que irá, a partir de 2022, operar nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Seixal”, refere o comunicado divulgado esta sexta-feira pela empresa.
A chegada ao rio Tejo destes novos barcos vai ter impacto sobre a vida de três milhões de habitantes da Área Metropolitana de Lisboa. A compra dos barcos terá apoio financeiro parcial da União Europeia.
A Transtejo conta receber o primeiro barco elétrico entre abril e junho de 2022, segundo o calendário do caderno de encargos. Entre 1 de julho e 30 de novembro de 2022 chegarão mais três embarcações. No primeiro semestre de 2023, vão atracar mais quatro navios; os últimos dois têm de ser entregues na primeira metade de 2024.
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As baterias para estas embarcações serão compradas em concurso separado. “Nos navios elétricos, as baterias (com vida útil limitada) e sua energia deverão ser vistas como o tradicional combustível diesel, como custos de operação”, explicou a Transtejo em fevereiro ao Dinheiro Vivo.
A empresa explica que a compra das baterias, em separado, é a “melhor solução do ponto de vista económico, porque a tecnologia deste tipo de soluções está em permanente evolução e otimização”. Ou seja, poderão ficar mais baratas e serem mais eficientes.
A empresa fluvial consegue fechar o contrato de renovação de frota à segunda tentativa. Em 2019, a empresa lançou um concurso para a compra de dez navios a gás natural, que foi anulado por incumprimento de requisitos. Os Astilleros Gondán, a concorrerem em conjunto com os estaleiros de Viana do Castelo, impugnaram na altura esse concurso.
Os Estaleiros Navais de Peniche impugnaram o concurso, em novembro, por alegados problemas de segurança no carregamento das embarcações. A ação entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria acabou por levantar o efeito suspensivo da ação por motivos de interesse público da Transtejo. Mas a ação ainda segue caminho neste tribunal. No limite, os estaleiros de Peniche ainda poderão receber uma indemnização.
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