Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovaram esta quinta-feira um novo Acordo de Empresa (AE) com a easyJet, com validade até fevereiro do próximo ano.
Em declarações à Lusa, Daniel Jordão, dirigente do sindicato, destaca algumas das melhorias introduzidas pelo documento, incluindo “complemento e pagamentos da maternidade, introdução do part-time na base do Porto”, bem como “um novo sistema de regras para pagamentos de irregularidade de escalas, para atrasos, uma compensação se houver atrasos, alterações de escala”, entre outras questões.
Além disso, os contratos a termo, que quando terminavam “voltavam à estaca zero”, continuam a contar com este AE, “o que implica uma melhoria significativa em termos remuneratórios”, de acordo com a mesma fonte.
Daniel Jordão refere ainda que as negociações decorreram durante vários meses e que “há uma abertura negocial bastante grande da easyJet. Cumprem a lei nacional por completo e o AE foi votado por maioria absoluta”, adianta.
Este AE não contempla a questão salarial, que está vertida num documento separado.
“O AE terminou em novembro de 2018, tinha validade de três anos e tinha sido negociado um acordo salarial durante a vigência desse AE que termina em fevereiro de 2020”, explica o dirigente sindical.
“O que queremos fazer é alinhar os dois documentos e será tudo implementado dentro do AE com apenas um documento e uma negociação”, diz Daniel Jordão.
O dirigente lembra que “a última atualização [salarial] foi complicada, gerou polémica”, tendo mesmo existido um pré-aviso de greve. Mas foi possível chegar a acordo nessa altura, em 2017.
Este AE abrange todos os trabalhadores da empresa, depois de ter sido publicada uma portaria de extensão nesse sentido. O SNPVAC conta com 160 associados na empresa, cerca de “80%” do total, revela Daniel Jordão.
Para o futuro, o sindicato pretende obter melhores condições, nomeadamente com uma aproximação às que são praticadas nas bases da transportadora aérea em França.
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