Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, proibiu os voos oriundos de países da União Europeia (UE), com exceção do Reino Unido, para prevenir a propagação do novo coronavírus. A medida, que entra em vigor esta sexta-feira e se prolonga por 30 dias, já se repercutiu negativamente nas bolsas. A UE também já reagiu.
Lisboa abriu a sessão de hoje no vermelho. O PSI20, o principal índice, começou o dia a cair 4,22%. A Bolsa de Madrid regista perdas de 5,5%, Londres de 4% e Frankfurt de 5,32. A bolsa de Tóquio fechou hoje a perder, com o principal índice, o Nikkei, a recuar 4,41%. Por sua vez, o mercado de Sydney, na Austrália, caiu 7,4%, a queda mais abrupta desde outubro de 2008. Na Tailândia, a quebra atingiu os 10% e obrigou à suspensão das negociações.
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, alertou para as consequências económicas da decisão de Donald Trump. “Após a suspensão de voos anunciada pelo Presidente Donald Trump, vamos hoje avaliar a situação, a interrupção económica deve ser evitada”, escreveu esta madrugada o responsável europeu no Twitter.
A UE “está a tomar todas as medidas necessárias para conter a propagação do Covid-19, limitar o número de pessoas afetadas e apoiar a investigação”, garantiu Charles Michel.
As restrições abrangem todos os estrangeiros que estiveram no espaço Schengen, onde se inclui Portugal, nos 14 dias anteriores, excetuando norte-americanos, familiares próximos e residentes permanentes no país.
De acordo com os últimos dados conhecidos, os Estados Unidos registaram já 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção por Covid-19. Donald Trump ainda não tinha dado publicamente sinais de considerar o surto do novo coronavírus preocupante.
(atualizado às 8h25 com informação das bolsas europeias)
Com Lusa
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