São 750 bicicletas elétricas partilhadas por 90% da cidade de Lisboa. Assim se faz o arranque na Europa das operações da Jump, a empresa de micromobilidade do universo da Uber. A capital portuguesa é a primeira cidade europeia a receber este serviço. A apresentação foi feita esta quinta-feira num hotel em Lisboa e contou com a presença do fundador da Jump, Ryan Rzepecki.
As bicicletas custam 15 cêntimos por minuto e não têm custo de desbloqueamento. Para utilizar este serviço, os utilizadores têm de instalar a aplicação móvel da Uber, selecionar a opção pedalar e depois escolher a bicicleta mais próxima que surgir no mapa. Depois disso, o cliente tem de inserir na bicicleta o código que surgir na aplicação para desbloquear o veículo. O serviço está disponível 24 horas por dia.
Cada bicicleta tem caixa de oito velocidades, tem velocidade máxima de 25 km/hora e conta com assistência elétrica, o que permite subir as colinas de Lisboa. A autonomia é superior a 30 quilómetros. Cada bicicleta pesa 34 quilos, o que dificulta qualquer ato de vandalismo que venha a ser praticado.
As bicicletas JUMP têm um cadeado incorporado, que deve ser obrigatoriamente trancado nos hotspots espalhados pela cidade de Lisboa ou nas zonas dedicadas a esse estacionamento, no final de cada viagem. Na capital portuguesa já há 3000 lugares criados para estacionamento de bicicletas. Serão criados mais 4000 ao longo dos próximos meses, anunciou o vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, durante a apresentação aos jornalistas.
A Uber apenas pode iniciar o sistema de partilha de bicicletas em Lisboa depois de ter recebido autorização do município liderado por Fernando Medina.
A cidade de Lisboa conta atualmente apenas com um serviço de partilha de bicicletas, o Gira, que é gerido pela EMEL e que conta com docas fixas para deixar e pegar as bicicletas.
Terceira tentativa
A Uber será a terceira empresa a tentar partilhar bicicletas sem estações fixas em Portugal. Ofo e oBike foram os operadores protagonistas de dois fracassos em 2018.
Os chineses da Ofo chegaram a Cascais no final de outubro de 2017, com a partilha de 50 bicicletas no concelho de Cascais, mas desapareceu meio ano depois.
A empresa de Singapura oBike esteve menos de um mês nas ruas de Lisboa porque o município liderado por Fernando Medina não tinha recebido qualquer comunicação sobre o início de atividade desta plataforma na cidade. A suspensão da atividade, decretada em março de 2018, acabou por se tornar definitiva porque estas bicicletas nunca mais foram vistas na capital.
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