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Durante seis anos, Nuno Campos viveu em Bogotá, tendo a cargo a atividade da Young Network no mercado colombiano. E de lá trouxe a ideia que deu origem à empresa que aqui viria a fundar em 2019: um negócio que se materializa em power banks espalhados pelas mesas de restaurantes, onde os clientes podem carregar o telemóvel e que em simultâneo as empresas podem utilizar como suporte de publicidade. Uma espécie de mini-mupis com conteúdo vídeo que têm sido sobretudo aproveitados por tecnológicas e marcas de automóveis para divulgar as suas mensagens diretamente aos clientes, selecionando o público-alvo a partir da localização escolhida para o suporte.
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Somando já um investimento “na ordem das dezenas de milhar de euros”, entre o que deu corpo ao negócio e o que agora suporta a expansão, apesar da pandemia, nos primeiros dois anos a PowerMe conseguiu pôr as suas charging stations for advertising em mais de meia centena de restaurantes. E está em busca de mais, garante Nuno Campos.
Entre os clientes, a PowerMe conta com gigantes como a Mercedes-Benz, que a inclui na estratégia de comunicação da marca. “É um parceiro digital que permite à Mercedes-Benz comunicar dentro dos restaurantes de forma inovadora e eficaz”, justifica Joana Gramaxo, customer services brand communication and digital sales da marca automóvel . “Passámos a estar onde nunca tínhamos estado presentes, com resultados muito positivos e conquistando novas audiências”, completa.
Para este ano, a aposta da PowerMe é a expansão. Quer em espaços quer na oferta de uma nova geração de suportes de comunicação, com os novos powerbanks a permitir subir a parada para os clientes. Para concretizar a inovação tecnológica e as novas geografias, foram essenciais “as receitas obtidas nos dois primeiros anos de operação”, conta o empresário, que resume a meta que se propõe alcançar: “Revolucionar a forma como as marcas e os anunciantes passam a comunicar e a publicitar.” Para cumprir esse objetivo, a PowerMe conta já com uma parceria com a Zomato Portugal, passando a estar presente na área metropolitana do Porto e na região do Algarve, além de reforçar a operação na grande Lisboa. O que permitirá, no segundo semestre, chegar a 200 novos restaurantes.
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“Estamos muito entusiasmados com a chegada da PowerMe ao Porto e ao Algarve. É um passo importante na expansão que nos permite multiplicar por seis a audiência, oferecendo ao mesmo tempo a anunciantes e utilizadores um serviço mais completo, digital e inovador”, explica o fundador. A ideia é cobrir todo o território nacional, com a implementação de 400 powerbanks e 700 faces digitais em contacto direto com potenciais consumidores.
Os modelos de negócio exponenciais também podem ser expandidos, fixando-se, por exemplo, em redes de bancos ou telecoms, onde os gadgets possam tornar-se úteis e visíveis. Mas mesmo na área base, a restauração, a PowerMe configura “uma grande transformação na forma como as marcas passam a posicionar-se e a comunicar, adaptando cada campanha de publicidade ao público-alvo”, sublinha Nuno Campos.
A expansão acabou por acelerar o investimento na aquisição da tecnologia avançada, desenvolvida em parceria com a startup tecnológica portuguesa Wall-i para montar as novas charging stations for advertising, com dois ecrãs LCD e sistema de reconhecimento facial. “Esta inovação permite recolher métricas, nomeadamente os movimentos de quem visualiza, apurando a reação e a emoção das audiências, em cada campanha.” O resultado será mais eficaz quando, além de detetar as características de quem visualiza o conteúdo (idade e género, por exemplo), é possível recolher em tempo real o número de contactos e visualizações, apurando com precisão o tempo de exposição do público-alvo a uma campanha.
“Esta solução permite-nos dar às marcas reportes com dados até agora muito difíceis de obter, caracterizando quem vê e como reage (positivo, neutro ou negativo). É praticamente um estudo de mercado através de um suporte de comunicação”, resume Nuno Campos.
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