//Uma oportunidade para mostrar Portugal inovador

Uma oportunidade para mostrar Portugal inovador

Durante cerca de três meses, 160 pessoas trabalharam para garantir que não haverá falhas nas telecomunicações e no wi-fi dos 70 mil participantes de 170 países esperados na Web Summit. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o criador da internet, Tim Berners-Lee, e o realizador do filme “Cisne Negro”, Darren Aronofsky, vão estar hoje na Altice Arena, em Lisboa, para o arranque da cimeira.

No Parque das Nações são esperadas mais de 20 mil empresas e startups e mais de 1000 potenciais investidores, prevendo-se um impacto na economia nacional “superior” a 2017.

“Os estudos que levamos a cabo com Universidade do Minho mostram que, para este nível de participantes, vamos ter um impacto positivo na economia portuguesa de 300 milhões, com impactos muitos significativos ao nível das receitas fiscais”, na ordem dos 30 milhões, lembra o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em visita ao local.

“Mas, sobretudo, é uma grande oportunidade de mostramos ao mundo Portugal como país inovador, capaz de acolher eventos com esta dimensão e, sobretudo, com esta exigência ao nível tecnológico”, reforça.

“São 70 mil pessoas das mais exigentes ao nível de conectividade a nível mundial, gerando um tráfego que, provavelmente, com este nível de concentração, não se encontra em outras partes do mundo”, diz.

Os números são expressivos. “O ano passado tivemos cerca de 50 mil dispositivos ligados em simultâneo em cada dia, mais de 150 mil conexões em três dias, transacionamos na rede wi-fi cerca de 45 TBytes de informação, aos quais se somam 7 TBytes de informação nas rede móveis e, portanto, estamos a falar de 2,1 milhões de sessões de wi-fi estabelecidas em 3 dias”, enumera Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal.

As equipas nas duas “salas de guerra” também vão estar atentas a ataques à segurança das redes – todos os anos ocorreram ataques que “foram debelados”. “Para prevenir outro tipo de situações, temos utilizadores descaracterizados que vão andar na feira a tentar encontrar situações de utilização anormal e, caso isso interfira com o normal funcionamento do evento, chamar as forças de segurança”, diz o CEO da Altice.

Apesar do grau de ameaça não ter aumentado este ano, a PSP tomou “medidas de segurança adicionais”, com delimitação de perímetros, controlo de visitantes nas entradas, utilização de detetores de metais e raio-X. A PSP aconselha os participantes a usar os transportes públicos. Mas, a manter-se a greve do Metro amanhã e quinta-feira, não será este o meio usado por por milhares de visitantes.

“Essa é uma questão que está a ser acompanhada pelo ministério relevante e vamos esperar as novidades nessa matéria”, disse apenas o ministro da Economia.

*Com Diogo Ferreira Nunes

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