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Numa viagem de surf à Califórnia, Duarte Costa experimentou uma taça de poke, o momento decisivo para, com o sócio Francisco Guedes, abrir a primeira Poke House, em Lisboa. Uma outra viagem de surf, agora na Praia Grande, foi a ponte de ligação com os novos sócios italianos, Vittoria Zanetti e Matteo Pichi. Aí surgiu a decisão de entrada da Poke House Itália na empresa portuguesa e a vontade de surfar a onda poke pela Europa. A Poke House Itália tem cinco milhões de euros, do fundo Milano Investment Partners, para financiar a expansão europeia: em quatro anos quer abrir 85 novos restaurantes, dos quais dez em Portugal, num investimento até um milhão de euros. “O nosso objetivo a médio/longo prazo, em Portugal, é ter 12 restaurantes em Lisboa e três no Porto. Esperamos inaugurar o primeiro restaurante no Porto em 2021”, adianta Matteo Pichi. O primeiro, desta nova fase, abre já no dia 22, no Centro Colombo.
A união começou a ser desenhada na Praia Grande. “Hoje, a Poke House é uma cadeia gastronómica única de poke com mais de 20 lojas localizadas em Portugal, Itália, e Espanha, com planos de expansão para França e outros países”, conta Duarte Costa, cofundador da Poke House em Portugal. Os sócios portugueses continuam “a ser parceiros de negócios na sociedade e na operação da Poke House em Portugal”, mas não revelam com que posição.
“Na sequência da fusão com a Poke House Itália, será implementado um processo de rebranding no nosso país, com a adoção das melhores práticas da empresa líder no mercado transalpino no que diz respeito à oferta gastronómica, ambiente de lojas, marketing e tecnologia”, conta Duarte Costa. “O nosso objetivo é crescer e alcançar 150 novos colaboradores em Portugal em 2021, números semelhantes aos que já temos em Itália. Contratamos cerca de dez a 12 pessoas em cada abertura.”
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A entrada da casa italiana surge num momento difícil para a restauração, a sofrer o impacto da pandemia, e que levou ao encerramento durante um mês dos quatro Poke House – no Chiado, Strada Outlet, Atrium Saldanha e CascaiShopping. “No final de abril voltámos a abrir. Adaptámos as equipas e continuámos a crescer a cada mês. Mesmo com as restrições impostas, continuamos a contratar e vamos continuar a fazê-lo ao longo dos próximos meses”, adianta Duarte Costa.
A cadeia tem investido nas entregas em casa, que representam a maior fatia das receitas. “Em 2019, 50% do nosso negócio correspondeu às plataformas de entrega, seguido por 70% neste ano. Em média, tivemos um crescimento de 60% no nosso negócio de entregas ao domicílio”, revela Duarte Costa.
“Mesmo com pandemia, vamos praticamente conseguir manter as vendas de 2019, com uma queda de apenas 10%, principalmente graças ao crescimento no delivery. Para 2021 esperamos atingir 3 milhões de euros de vendas.”
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