//Valores. Empresa de comércio de ouro quer ter 230 lojas em 2021

Valores. Empresa de comércio de ouro quer ter 230 lojas em 2021

A Valores, marca portuguesa que compra e vende ouro usado e outros metais preciosos, quer reforçar a sua posição em Portugal e chegar ao final de 2021 com uma rede de 230 lojas, mais 200 do que as que tem atualmente. Só este ano espera abrir mais 50 agências, tendo já quatro novas lojas na calha e mais 20 contratos “para breve”. A recessão causada pela pandemia de covid-19 e as cotações do ouro em alta ajudam ao impulsionar do negócio.

Grande Lisboa, Grande Porto, Algarve, zona Centro, zona Norte e ilhas são as zonas prioritárias, sendo que, das 50 novas lojas a abrir em 2020, a Divervalor, dona da marca Valores, admite que 10 sejam espaços próprios. Os restantes serão investimentos de franchisados, sendo que a empresa baixou a franquia em cerca de 60%. Até ao fim do mês de maio, o valor do investimento é de 19.900 euros, mais IVA, valor que sobe para os 24.900 euros durante junho. Em julho passa aos 29.900 euros mais IVA. “No pico da crise em Portugal, o retorno médio do investimento rondava os dois a três meses. Estamos à espera que agora aconteça o mesmo, mas, caso isso não aconteça, estamos a oferecer uma clausula de satisfação total, que dá a opção ao franchisado de requerer a devolução do valor pago, ao final de 12 meses, se não tiver obtido o retorno que esperava”, explica o presidente da Divervalor, Judá Chester.

A Valores nasceu em 2008 e foi pioneira no franchising no sector. A crise financeira internacional impulsionou significativamente o negócio e a marca chegou a dispor de uma rede de 230 lojas, a dimensão que quer recuperar até ao final do próximo ano, a que se somavam as mais de 30 lojas da rede em Espanha, e a presença em França e no México. Faturava, então, 125 milhões de euros. “Estivemos para entrar no Brasil, mas as tendências económicas mundiais inverteram-se e recuamos nessa política de expansão internacional”, refere.

A retoma económica dos últimos anos e a saturação do mercado levou ao desaparecimento de grande parte desta rede, que hoje conta com 30 lojas, 28 das quais próprias. Mas, o momento permite que a procura volte a disparar. Só no espaço de um mês, a Valores já acertou a abertura de quatro novas lojas franchisadas e está em vias de fechar mais 20 contratos. Lisboa (Rossio e Avenidas Novas), Coimbra, Cascais (Parede), Braga e Barcelos são algumas das localizações já fechadas.

Os contratos são feitos a quatro anos e as lojas elegíveis vão os 20 aos 100 metros quadrados, devendo estar “estrategicamente situadas em posições com boa visibilidade”. Em 2019, o lucro bruto de cada espaço da rede Valores rondou os 80 mil euros. Este ano, e com base na performance obtida até 15 de março, antes do confinamento e de ser decretado o estado de emergência no país, as perspetivas apontam para um crescimento de 35%. “Estou convencido que chegaremos ao final do ano com números muito superiores”, adianta.

E a adição de uma série de novos serviços à simples atividade de compra e venda de ouro, como a venda com opção de compra – a 3, 6, 12 e 24 meses -, a venda de artigos de ourivesaria novos e usados, em conceito outlet, com “preços muito competitivos”, a transferência de dinheiro, a manutenção e reparação de joias ou relógios e a venda de património em regime de consignação são algumas das mais-valias da marca, diz Judá Chester, e que “ajudam a aumentar a rentabilidade das lojas”. De qualquer forma, o ouro continua a ser o principal negócio da Valores, sobretudo numa altura em que as cotações continuam a subir e se aproximam de máximos de 2012. A empresa fechou 2019 com um volume de negócios de oito milhões, mais 2,1 milhões do que no ano anterior.

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