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A Jerónimo Martins deverá ter fechado o ano de 2022 com vendas de 25.385 milhões de euros, mais 21,5% do que no ano anterior. A Polónia, onde o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, conta com as cadeias Biedronka e Hebe, assegurou quase 71% das vendas, num total de 17.940 milhões de euros, enquanto o mercado nacional, com as cadeias Pingo Doce e Recheio, contribuiu com 5.657 milhões de euros. “Não ignorando algum papel da inflação, é com muita satisfação que registo a superação do marco de 25 mil milhões de euros em vendas no ano em que Jerónimo Martins celebrou 230 anos de atividade comercial”, refere Pedro Soares dos Santos no comunicado enviado ao mercado.
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Os dados são ainda preliminares mas mostram que, no quarto trimestre do ano, as vendas do grupo aumentaram 23%, em relação ao período homólogo, para os 6.992 milhões de euros, com o mercado polaco a assegurar 4.962 milhões de euros e Portugal a ficar-se pelos 1.548 milhões. Não obstante o comportamento “progressivamente mais cauteloso” dos consumidores polacos perante a pressão da subida generalizada de preços, o consumo alimentar cresceu acima da respetiva inflação, que foi de 15,4% no ano (.21,9% no quarto trimestre), pode ler-se no comunicado enviado à enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os refugiados ucranianos no país contribuíram para esta resiliência, destaca o grupo.
Assim, as vendas da Biedronka cresceram 20,9% para 17.582 milhões de euros, e as da Hebe aumentaram 28,7% para 358 milhões. Numa comparação equivalente em termos de lojas ao ano anterior, o crescimento terá sido de 20,6% e de 24,8%, respetivamente.
Em Portugal, as vendas do Pingo Doce terão crescido 11,2% (9,4% em termos comparáveis e sem contemplar as vendas de combustíveis) para 4.499 milhões de euros, e as do Recheio terão sido 27,7% mais altas, num total de 1.158 milhões.
Na Colômbia, as vendas da insígnia Ara cresceram 60,5% para 1.768 milhões de euros, traduzindo o grande investimento em novas lojas. Numa base comparável, o acréscimo de vendas terá sido de 37,5%.
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Lembrando que 2022 ficará marcado pela invasão da Ucrânia, conflito que veio “agravar a pressão sobre as cadeias de abastecimento e a tendência de subida dos preços, que se vinha registando desde a segunda metade de 2021”, Pedro Soares dos Santos destaca, no comunicado, que, para as insígnias do grupo, 2022 foi “mais um ano de trabalho árduo”, com as equipas a focarem-se em “reforçar a competitividade”, mas “contendo o aumento dos preços nas prateleiras”.
Em reconhecimento do “esforço”, “dedicação” e “compromisso” dos seus colaboradores, e atendendo ao “aumento rápido do custo de vida,”, a Jerónimo Martins atribuiu, “a título excecional”, 45 milhões de euros em prémios às suas equipas operacionais, 23 milhões dos quais foram no último trimestre de 2022.
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