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A falta de semicondutores continua a travar as vendas de carros em Portugal. Em novembro, o número de matrículas recuou 6,9%, para 13 935 unidades. Na comparação com o mesmo mês de 2019, a descida é de 28,7%, revelam os dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
Nos ligeiros de passageiros, foram matriculadas 10 928 unidades, menos 7,6% na comparação com novembro de 2020, quando o país começava a entrar em nova época problemática no combate à covid-19.
Entre janeiro e novembro foram registados 134 029 automóveis ligeiros de passageiros, mais 2,2% do que em igual período de 2020.
A Peugeot foi a marca mais vendida em novembro, com 1605 veículos ligeiros de passageiros, mais 19,2% do que em igual mês de 2020. A Renault ficou em segundo, com 900 unidades, menos 40,8% do que no período homólogo do ano passado. A Mercedes ficou no terceiro posto, com 875 matrículas, menos 18,4% face a 2020.
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Na comparação anual, também a Peugeot lidera a tabela de vendas: desde janeiro, já registou 15 761 carros, mais 8,6% do que em igual período de 2020. Se a tendência se mantiver em dezembro, a Peugeot pode retirar à Renault nas vendas anuais. Nos últimos 23 anos, a Renault tem liderado as vendas em Portugal.
Contudo, até agora, a marca encontra-se na segunda posição, com 13 958 unidades comercializadas, menos 13,8% do que nos primeiros 11 meses de 2020.
Mercedes e BMW vão disputar o último lugar do pódio: a marca de Estugarda tem 10 655 matrículas desde o início do ano (menos 17,5%); a fabricante de Munique tem 10 485 unidades (mais 11,9%). A Hyundai conserva o quinto lugar, com 6974 registos desde janeiro, mais 45,5% face a 2020.
Nos elétricos, a Tesla dominou a tabela de vendas de ligeiros de passageiros em novembro, com 300 matrículas, seguida da Hyundai (204) e a Peugeot (190). Contabilizados os primeiros 11 meses do ano, a Peugeot lidera as matrículas sem emissões, com 1351 unidades, mais quatro do que a Tesla (1347); em terceiro lugar surge a Nissan (1014 registos).
As vendas de veículos ligeiros de mercadorias caíram 5,9% em novembro, para 2637 unidades. Em sentido inverso, o comércio de pesados melhorou 8,2% face a novembro de 2020 e 27,1% face ao mesmo mês de 2019.
Enquanto as vendas de automóveis ligeiros de passageiros a combustão têm recuado, o comércio de unidades com motorizações alternativas tem crescido: em novembro, híbridos, elétricos e carros a GPL renderam 5301 unidades, mais 37,9% do que em igual mês de 2020.
Se olharmos para os primeiros 11 meses de 2021 e compararmos com igual período de 2020, o crescimento dos veículos alternativos é de 75,%, para 46 271 unidades. Ou seja, a quota de mercado dos veículos que não são só a gasolina ou só a gasóleo atinge os 34,5%.
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