//Vendas de computadores atingiram máximos de dez anos

Vendas de computadores atingiram máximos de dez anos

Apesar dos problemas da cadeia de fornecimento e escassez de componentes associados à pandemia de covid.19, as vendas de computadores cresceram 14,8% em 2021 e chegaram às 348,8 milhões de unidades. É um volume considerável que não se via na indústria desde 2012, segundo os dados que a consultora IDC acaba de divulgar sobre o mercado. Os números mostram que a Apple foi a marca que mais cresceu no ano passado.

“2021 foi verdadeiramente um regresso em forma dos PC”, afirmou o analista Jitesh Ubrani. “A procura dos consumidores por PC nos mercados emergentes e a procura empresarial global mantiveram-se fortes durante o último trimestre, com a oferta a ser um factor de abrandamento”, sublinhou.

Embora a procura nos segmentos de consumo e educação tenha decrescido nos mercados maduros, a IDC continua a acreditar que o mercado global foi redefinido “a um nível muito mais elevado do que tinha antes da pandemia.”

Isto significa que, se não fosse pelos problemas graves na cadeia de fornecimento que estão a provocar ruturas de stock em todo o lado, o mercado teria crescido ainda mais. É o que sublinha o analista Tom Mainelli.

“Um ambiente logístico desafiante, aliado à escassez continuada do lado da oferta, significa que o mercado de PC podia ter sido ainda maior do que foi em 2021”, sublinhou. “Fechámos o ano com muitos compradores ainda à espera que as suas encomendas de computadores fossem enviadas.” Agora que estamos na primeira metade de 2022, a expectativa da IDC, disse Mainelli, é que a oferta continue a ser limitada, em especial no segmento de computadores para empresas, onde a procura está mais robusta neste momento.

Lenovo no topo

Na contabilidade de marcas, os chineses da Lenovo lideraram 2021, com um aumento de 14,1% face a 2020 no volume de vendas. A empresa ficou com 23,5% de quota de mercado, enquanto a norte-americana HP assegurou a segunda posição com 21,2% e uma subida de 9,3%.