//Vítor Bento e a Tranquilidade: “Se a Liberty fizesse proposta vinculativa, provavelmente teria ganho”

Vítor Bento e a Tranquilidade: “Se a Liberty fizesse proposta vinculativa, provavelmente teria ganho”

Vítor Bento, antigo presidente do Novo Banco, disse esta terça-feira que a companhia de seguros Liberty nunca fez uma oferta vinculativa para a compra da Tranquilidade mas que se o tivesse feito, provavelmente teria ganho.

A seguradora do Grupo Espírito Santo acabou por ser comprada pelo fundo Apollo por 40 milhões de euros, sendo vendida vários anos depois por cerca de 600 milhões de euros.

“Se a Liberty tivesse feito uma proposta vinculativa, provavelmente teria ganho”, disse Vítor Bento, frisando que a Apollo acabou por comprar a Tranquilidade não por 40 milhões de euros mas por 215 milhões de euros, após a capitalização feita pelo comprador.

O economista, que foi o escolhido para substituir Ricardo Salgado na liderança do Banco Espírito Santo (BES) em 2014, está hoje a ser ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

Vítor Bento salientou que “a proposta da Liberty não era melhor do que a da Apollo”. Explicou que a Liberty apresentou uma proposta “não vinculativa num jogo que já estava a decorrer num processo em que ela não tinha direito a participar” porque já estava praticamente fechado.

A Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução foi criada em 15 de dezembro de 2020. As audições começaram no dia 10 de março.