//Vítor Domingues dos Santos: “Vamos prolongar o corte da 24 de Julho uns meses, vai implicar com clientes da Carris e da CP”

Vítor Domingues dos Santos: “Vamos prolongar o corte da 24 de Julho uns meses, vai implicar com clientes da Carris e da CP”

Presidente executivo do Metropolitano de Lisboa avança que haverá novos constrangimentos no trânsito na capital por causa das obras do Metro, em especial na zona do Cais do Sodré, e que quem vive e circula na zona de Alcântara também irá ser afetado durante a execução do prolongamento da Linha Vermelha. Vítor Domingues dos Santos dá também conta de que o Metro está a fazer mudanças profundas para evitar atrasos na circulação, desde logo, aumentando o número de comboios, mas também com a mudança de sinalização, com a contratação de novos maquinistas e até através da negociação do estatuto de uma carreira única.

Com tantas obras em curso e tantas vozes a pronunciarem-se sobre a expansão da rede do Metro de Lisboa, qual a sua visão geral quanto ao objetivo que definiu para colocar em funcionamento a futura linha circular?

O objetivo que temos é, acima de tudo, concretizar todos os nossos projetos de expansão e de melhoramento para conseguimos com isso melhorar a oferta aos nossos clientes. Embora estando certos de que o nosso trabalho tem de ser sempre encontrado na área metropolitana de Lisboa e também com o conjunto do resto dos operadores, nomeadamente com a intervenção da TML [Transportes Metropolitanos de Lisboa]. Tudo o que pudermos fazer vai ser pouco. Todos os investimentos que temos são investimentos que têm sempre um tempo de maturidade muito grande. Começámos a pensar na linha circular em 2016 e quando entrei [em 2017] já estava alguma coisa desenvolvida nesse sentido, mas vamos abrir a linha circular em 2025. Se fizermos as contas são quase nove anos ou oito anos entre um momento e o outro. Isto é uma realidade dos investimentos, porque são morosos os processos de elaboração, de desenho, de conceção, de aprovação e depois da implementação. Depois, a linha circular teve um facto estranho, que foi o caso da covid e depois, logo a seguir a guerra na Ucrânia, dois eventos que também não ajudaram muito a que conseguíssemos garantir todos os prazos que queríamos e daí resultar neste pequeno atraso que vamos ter.