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A Voltarion, empresa especializada na prestação de serviços de melhoria de desempenho, posiciona-se no mercado como parceiro de implementação de soluções que respondam às necessidades dos seus clientes. Com ADN português e presença internacional, a abordagem “mãos na massa” da empresa já atraiu algumas das maiores organizações nacionais, como a TAP, a Caixa Geral de Depósitos, a Hovione ou o Grupo José de Mello. À conversa com o Dinheiro Vivo, João Currito, engenheiro industrial de formação e partner da Voltarion, começa por clarificar a natureza do negócio da empresa: “Não somos consultores, somos implementadores”.
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Não há lugar para planos estratégicos a longo prazo na Voltarion, as soluções são aplicadas no próprio ano ou o mais rápido possível, basta que o cliente tenha “uma necessidade identificada e objetivos bem definidos”. “Sabemos que não há duas empresas iguais, é por isso que cada solução é customizada”.
Atualmente, a empresa foca-se em quatro pilares – excelência operacional, desenvolvimento de competências de equipas, digitalização de soluções e inovação. A vertente mais ligada às pessoas tem sido uma das mais procuradas pelas empresas, particularmente desde a pandemia, e especialmente pela “falta de profissionais no mercado”, havendo a necessidade de desenvolver e reter os recursos que já existem.
Independentemente da área, a intervenção da Voltarion acontece de forma próxima e a observação da cadeia de valor do negócio do cliente é feita na primeira pessoa. Estar “no terreno” com o pessoal da empresa é a “única forma de avaliar o seu sistema de gestão e operacionalizar transformações realmente disruptivas”.
Só assim se encontram soluções que estejam calibradas ao grau de maturidade das organizações. Tudo tem de ser “muito bem calibrado”. “Não somos como os consultores que têm ideias mirabolantes, mas que depois não são implementáveis”, reafirma o partner da Voltarion, sublinhando que “não vale a pena” pensar em soluções muito “sexy” que depois não funcionam.
O trabalho começa no topo, nas administrações das empresas, e percorre toda a organização até ao ponto de execução. “Isto não é nada conceptual, as respostas estão no meio das coisas, dos processos, o segredo está em observar e sentir o negócio”, explica João Currito.
O foco da Voltarion não passa pela melhoria contínua da operação dos clientes, nem tão pouco busca ganhos incrementais, é antes uma empresa que se envolve “em processos muito disruptivos”. Atualmente, cerca de 80% do negócio é feito com clientes habituais, que já conhecem a abordagem e “sabem a capacidade que temos de fazer acontecer, além de sermos um acelerador de transformação”.
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Expansão e previsões para 2023
Criada em Portugal, mas a trabalhar internacionalmente com mercados da América Latina – Brasil, Colômbia, Peru e Chile -, e de África, em Angola e Moçambique, a empresa nascida em 2015 vai expandir as suas operações para a vizinha Espanha, ainda durante o ano de 2023.
Alavancada por uma equipa experiente, onde a média de idades anda por volta dos 40 anos, a empresa continua a considerar as pessoas o seu principal investimento. “Estamos numa fase em que a equipa já começa a ter uma maturidade muito grande. Está na altura de voltá-la para fora e começar a expandir”, explica João Currito.
A necessidade de crescer torna-se ainda mais premente quando os objetivos para Portugal estão perto de ser atingidos. A meta é chegar às 25 pessoas – a empresa tem agora 20 colaboradores e está a recrutar -, patamar em que estariam “asseguradas” as necessidades do mercado nacional.
Ao nível de faturação, o ano de 2022 foi de crescimento, mesmo depois de um período mais difícil na pandemia em que as receitas não aumentaram, mas ainda assim se mantiveram. E apesar de 2023 ainda não ir a meio, João Currito já prevê um ano de crescimento “expressivo”, particularmente porque, a esta altura, já o crescimento dobra o do ano passado. A faturação estimada para Portugal, este ano, ronda os três milhões de euros.
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