A Volvo quer que toda a gente possa conduzir um dos seus modelos em algum momento da sua vida. E como há cada vez menos gente a querer ter um carro, a marca sueca aposta num modelo semelhante ao da plataforma Spotify e lançou, em 2017, o serviço por subscrição Care, que já está em Espanha e acabará por chegar ao mercado português.
Esta é a fórmula encontrada pela marca para se aproximar do perfil de consumidores millennial, que valoriza mais a experiência de condução em relação à posse do veículo. E também é uma outra forma de utilizar o automóvel sem recorrer aos tradicionais métodos de financiamento. “Temos um carro disponível a troco de uma subscrição mensal, que inclui tudo aquilo de que o condutor precisa e para que se possa focar no prazer de ter o carro”, explica Atif Rafiq, responsável digital da Volvo. A adesão a este serviço é feita apenas na internet, onde o cliente pode personalizar o carro.
A mensalidade inclui seguro, impostos, manutenção e reparações – só não inclui o combustível. Os pacotes de subscrição são válidos, em média, por dois anos. “Depois disso, se as pessoas quiserem continuar connosco, podem ficar com o mesmo modelo ou passar por uma versão renovada, sem impacto na mensalidade.”
Um ano depois do lançamento, a marca diz que os subscritores “são diferentes da nossa base de clientes. 90% dos consumidores nos EUA são novos e isso é muito interessante. São dez anos mais novos do que é costume, provavelmente porque estamos a fazer bons carros mas também porque este pacote é muito mais simples e sem dores de cabeça”.
O serviço está disponível, para já, em sete países. Mas chegará ao território nacional mais tarde ou mais cedo porque a empresa sueca assume a subscrição de carros como uma “oportunidade mundial”.
Atif Rafiq, que já passou pela McDonald’s e pela Amazon, é um dos principais estrategas da transformação da Volvo, que terá o seu pico em 2025. “A nossa ambição global, até meados da década de 2020, é ter metade dos carros disponíveis através de subscrição. Queremos que esta se torne a principal forma de ter um Volvo.”
Neste cenário, a marca assume que boa parte dos clientes acaba por não comprar um carro: “Queremos apenas que as pessoas tenham um Volvo de uma forma diferente e muito mais conveniente.”
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