A edição de 2020 da Web Summit em Lisboa vai decorrer como até aqui, ou seja, vai contar com a presença física, quer de participantes quer de oradores, startups e investidores. É pelo menos esse o cenário em que a equipa de Paddy Cosgrave trabalha atualmente. Fonte oficial da organização do maior evento de empreendedorismo e tecnologia do mundo (que se realiza na capital portuguesa desde 2016 e ficará até 2028) indicou ao Dinheiro Vivo que não estão a ser planeadas alterações à edição deste ano da Web Summit, que decorrerá como já anunciado de 2 a 5 de novembro.
Em 2019, a Web Summit contou com mais de 70 mil pessoas, número semelhante ao registado no ano anterior. Contudo, a organização, em 2018, aquando da assinatura do contrato que prevê que o evento se mantenha em Lisboa até 2028, não escondia que pretendia que o número de participantes fosse crescendo gradualmente.
Com a chegada em força da pandemia de covid-19 à Europa e à América do Norte, centenas de eventos e conferências estão a ser cancelados ou reajustados, evitando nesta fase a aglomeração de pessoas, o que limita os riscos de contágio. Muitas organizações enfrentam o desafio de proceder a alterações de formatos. É neste último aspecto que a empresa liderada por Paddy Cosgrave (e que tem a seu cargo não só a realização do evento em Lisboa mas também de outros dois: um no Canadá e outro em Hong Kong) está a trabalhar para o Collision, marcado para o final de junho, na cidade canadiana de Toronto.
“Considerando a evolução da covid-19, pensámos que seria irresponsável juntar milhares de pessoas de quase todos os países do mundo num só local. Toronto ainda não foi significativamente afetada pela covid-19, mas na Collision queremos assegurar-nos que assim continua”, dizia Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit e da Collision, no início de março, no blogue da conferência, numa publicação em que dava conta da mudança em exclusivo para o online deste evento em 2020, passando a chamar-se Collision from Home.
A cimeira de tecnologia, que em 2019, na primeira edição em Toronto (antes decorria em Nova Orleães, nos EUA) contou com mais de 25 mil participantes, vai ser assim um pouco diferente, com a organização a reconhecer que tem, ela mesmo, apostado sempre em tecnologia “com os participantes a estarem ligados e a conversarem através das nossas aplicações móveis, bem como a assistir aos nossos debates em direto”. O software desenvolvido pela empresa foi “originalmente concebido para melhorar a experiência offline dos participantes”, contudo, a organização de Paddy Cosgrave mostra-se otimista sublinhando que “está numa boa posição para desenvolver o software até um nível que permita acolher a Collision from Home”. As palestras vão ser virtuais, em direto, conta com a participação de nomes como Thuan Pham, responsável tecnológico da Uber, e da autora Rupi Kaur.
“Estamos confiantes de que temos todas as ferramentas e tecnologia necessárias para efetivar o Collision from Home”, dizia a gestora de eventos, em comunicado em março, indicando ainda que mais detalhes sobre “a estrutura exata” da conferência iria ser avançada mais tarde.
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