A Web Summit contrariou a tendência de estagnação na hotelaria de Lisboa em novembro, mas não foi tão boa como os hoteleiros antecipavam. A três dias do evento, a estimativa da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apontava para uma ocupação “muito próxima dos 100%” durante a cimeira.
Feitas as contas, de 5 a 8 de novembro, a taxa de ocupação por quarto fixou-se nos 93% nos hotéis de Lisboa, que aproveitaram para subir o preço médio para 172 euros, segundo dados de um inquérito da AHP, hoje divulgados. Apesar de 34% terem respondido que os seus hóspedes vieram de propósito para a Web Summit, o mesmo não aconteceu para mais de metade dos hoteleiros (59%).
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), a taxa de ocupação chegou aos 86%, mas apenas 25% referem que a procura foi influenciada pelo evento. Já 67% dos inquiridos chega mesmo a afirmar que os turistas não eram participantes da Web Summit.
Recorde-se que, Lisboa foi confirmada como a casa da Web Summit durante mais 10 anos por 110 milhões de euros. O evento que nasceu em Dublin, na Irlanda, transferiu-se para Lisboa em 2016.
A AHP representa 65% da capacidade hoteleira nacional, com cerca de 700 associados. Este inquérito – “Hotelaria – Balanço 2018 e Perspetivas 2019” – foi realizado entre 20 de novembro e 11 de dezembro junto de uma amostra de 40% dos empreendimentos turísticos associados. Das respostas obtidas, 74% pertencem a hotéis, 8% a hotéis apartamentos, 10% a pousadas, 2% a aldeamentos turísticos, 2% a turismo no espaço rural e 3% a alojamento local.
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