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A Webhelp, multinacional especializada na externalização de serviços de apoio ao cliente, quer recrutar 700 colaboradores até 2023 para os seus escritórios de Lisboa e Braga. O objetivo é conseguir responder ao crescimento da carteira que se avizinha. Como adianta Carlos Moreira, CEO do grupo em Portugal, já no próximo ano vão iniciar operações para o 51.º cliente e a perspetiva é para um contínuo aumento.
A Webhelp, que presta apoio a empresas de áreas como o retalho, eletrónica de consumo, serviços financeiros ou turismo, pretende recrutar profissionais para múltiplas funções, desde serviço de apoio a chefes de equipas, sendo que um requisito essencial é a fluência de línguas estrangeiras.
As oportunidades são muitas, até porque o país tem-se distinguido na área dos call centers a nível internacional, diz Carlos Moreira. “Portugal é um dos melhores destinos mundiais ao nível da internacionalização de serviços partilhados e na externacionalização de centros de contacto”, frisa. Nos últimos cinco anos, esta área de atividade registou no país um crescimento de 75% e dá trabalho a cerca de 60 mil pessoas.
A Webhelp emprega 2300 colaboradores, dos quais 45% são estrangeiros, num total de 53 nacionalidades e 15 línguas. Neste ano, registou um crescimento líquido de 500 funcionários. Na multinacional, o salário médio bruto é de 1270 euros e a média de idades é de 33 anos.
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Para Carlos Moreira, o sucesso das empresas de serviços partilhados a operar em Portugal explica-se pela qualidade dos recursos humanos e pela afinidade cultural que demonstram junto dos clientes, a que não se pode deixar de somar a variável qualidade versus custo do trabalho.
Nos escritórios da Webhelp (três na Grande Lisboa e dois em Braga), trabalham muitas pessoas que nasceram e viveram noutro país da Europa, mas com pais portugueses, o que lhes confere as mais-valias de possuírem uma segunda língua nativa e um entrosamento natural com os habitantes dessas geografias. E como a Webhelp presta serviços essencialmente a empresas estrangeiras, essas capacidades são muito valorizadas. Como sublinha o responsável, o facto de muitos dos colaboradores se identificarem com a cultura do país da empresa cliente permite-lhes dar uma resposta mais adequada e eficaz.
Neste ano, o grupo abriu dois novos escritórios – um em Lisboa e outro em Braga -, “quase duplicando o investimento” em infraestruturas, que realizou desde a sua entrada no país, em 2015. Ou seja, já despendeu perto de 16 milhões de euros. Isto, apesar de quase 80% dos colaboradores se encontrar em teletrabalho. O gestor afiança que, na maioria dos casos, este modelo de trabalho não trouxe “perda de produtividade nem de qualidade”.
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