Já está em marcha a instalação do primeiro parque eólico flutuante da Europa continental, um projeto do consórcio Windplus, que inclui a EDP Renováveis, a Engie, a Repsol e a Principle Power Inc. A primeira plataforma do WindFloat Atlantic, que tem a maior turbina eólica offshore do mundo assente numa plataforma flutuante, partiu do porto de Ferrol, em Espanha, em direção ao seu destino final, a 20 quilómetros da costa de Viana do Castelo, anunciaram os responsáveis do projeto.
O parque terá três turbinas aólicas alicerçadas em estruturas flutuanes, que estão presas por correntes ao leitor do mar, a cerca de 100 metros de profundidade. “Quando estiverem prontas para entrar em fase operacional, as três estruturas flutuantes vão medir 30 metros de altura e terão uma distância de 50 metros entre si”, pode ler-se no comunicado da EDP.
Num investimento de 125 milhões de euros, o WindFloat Atlantic contou com o apoio financeiro da Comissão Europeia, do Banco Europeu de Investimento e do governo português.
A estrutura é composta por uma plataforma flutuante em que está assente uma torre eólica, “a maior instalada numa superfície deste género até à data”. Nos próximos meses, as duas outras plataformas, fabricadas no porto de Setúbal, serão também transportadas para a localização final, para completar o parque eólico que terá uma capacidade instalada de 25 megawatts, “capaz de produzir eletricidade suficiente para abastecer cerca de 60 mil habitações por ano”. Explica a EDP que o Windfloat consegue suportar as maiores turbinas eólicas disponíveis no mercado, de quase 9 megawatts cada, “ajudando a aumentar a produção de energia renovável e gerando uma redução significativa nos custos”.
O projeto, que tem por base o sucesso do protótipo WindFloat1, que esteve em teste em alto mar entre 2011 e 2016, vai “acelerar a implementação comercial de tecnologia inovadora WindFloat, que aproveita a abundância dos recursos eólicos em águas profundas, até agora inacessíveis”. O WindFloat Atlantic constitui um “marco importante para o setor”, já que se trata do “primeiro parque eólico flutuante semi-submersível do mundo”.
Destaca, ainda, a EDP que, por poder ser implementada em águas muito profundas, esta tecnologia “pode aproveitar recursos energéticos em vastas áreas do mar, dando resposta aos desafios cruciais da sociedade como a transição para energias limpas, a segurança energética e as alterações climáticas”.
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