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A marca de telecomunicações Woo foi criada pela NOS em junho de 2020 com o objetivo de diferenciar as ofertas de internet móvel e fixa. Pouco mais de dois anos volvidos, a marca que tem uma operação 100% digital e autónoma da casa-mãe, embora se sirva da infraestrutura da NOS, tem hoje uma quota de mercado na ordem dos 10%.
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“Estamos acima dos 10% de quota de mercado no segmento onde competimos, o que provavelmente será uma referência”, revela ao Dinheiro Vivo João Lima Raposo, diretor da Woo.
O gestor não detalha o alcance da base de clientes, mas nota que 95% estão nos tarifários de internet móvel, enquanto 5% têm origem nos serviços de internet fixa.
João Lima Raposo também não adianta dados financeiros do negócio, mas assevera existirem “planos de negócios ambiciosos”, estando a entrega prevista a ser satisfeita. “A nível financeiro estamos a ser bem sucedidos, estamos a ir ao encontro do plano de negócios”, afirma.
Este balanço surge numa altura em que a Woo acaba de lançar um cartão SIM digital (eSIM) que, segundo João Lima Raposo, é a peça que faltava para cumprir a premissa digital first da Woo, considerando que todo o processo de adesão e gestão de uma assinatura é controlado pelo cliente através de uma aplicação móvel. Agora, sem a necessidade de recorrer a um cartão SIM físico, toda a experiência do utilizador poderá ser completamente digital. Nesta primeira fase, os eSIM da Woo estão já disponíveis para iPhone (iOS), modelos a partir do XS, e para Samsung (no caso dos Android), modelos S21, S22 e Z Fold.
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O diretor da Woo explica que vem fazer “toda a diferença do ponto de vista da experiência do utilizador”. Até aqui, quando alguém aderia à Woo tinha de aguardar pelo envio de um cartão SIM. Mas, agora, para quem tem um telemóvel compatível, a adesão cumpre-se “em três minutos e o serviço fica disponível na hora”.
“O eSIM é o futuro”, diz João Lima Raposo. Contudo, esta é uma realidade ainda longe de estar massificada. Só 20% dos telemóveis que estão nas mãos dos portugueses permitem adotar o eSIM. “Dentro de um ano devemos ter 50% do parque nacional de telemóveis já com eSIM, já é uma percentagem que nos coloca num patamar de elevada densidade.
Provavelmente, nos modelos de baixa gama ou de entrada, demorará mais”, comenta o diretor da Woo, afirmando que o que a marca está a fazer é criar em Portugal “um operador que já está preparado para o futuro”.
João Lima Raposo recorda que a Woo surgiu porque “existia espaço no mercado português para fazer diferente”, apostar nas “necessidades dos consumidores que não estavam cobertas ainda”. Neste caso, uma “marca nativa digital, onde todo o foco e ponto de contacto é digital, através de uma aplicação móvel. “O digital é o nosso enabler para conseguir isso e, claramente, um ponto que nos diferencia dos restantes operadores”, afirma.
Atualmente, as ofertas de internet móvel não têm qualquer tipo de fidelização associada. “Até oferecemos uma experimentação gratuita do serviço nos primeiros 30 dias”, nota o gestor. No entanto, as ofertas de internet fixa têm períodos de fidelização associados. O gestor da Woo explica que isso acontece porque “não há ofertas no mercado que não tenham fidelização sem que o cliente tenha de pagar o valor à cabeça – e será difícil não haver no futuro”.
O perfil do utilizador típico dos serviços da Woo é um “adulto associado à tecnologia e que valoriza a internet”.
Neste momento, a marca disputa o segmento das ofertas de net móvel e fixa com a Uzo, Nowo e Lycamobile, considerando que a maioria dos clientes angariados “são portabilidades dos principais operadores do mercado”.
A equipa da Woo, que é liderada por João Lima Raposo, tem cerca de 40 profissionais.
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