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O ano de 2022 foi o melhor de sempre em termos de resultados líquidos para a WSA, empresa de produção de eventos, que fechou o ano passado com uma faturação superior a 1,8 milhões de euros e crescimento de 55% face a 2021. A organização atua nas vertentes de brand content, eventos e agenciamento, sendo, por exemplo, responsável pela gestão de carreiras dos artistas Salvador Martinha, Miguel Rocha Vieira e pelo management de espetáculos de Mariana Cabral, mais conhecida pelo público como Bumba na Fofinha.
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Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Tiago Santos Paiva, partner e CEO da empresa, traça a imagem dos últimos anos de atividade: “2022 foi o ano com maior rentabilidade, logo, o melhor ano de sempre, embora 2019 tenha sido o ano em que obtivemos maior faturação”, explica. O duro golpe da pandemia na indústria de eventos e espetáculos levou a “quebras bastante elevadas” na WSA que, ainda assim, aproveitou o momento menos positivo para organizar prioridades. Os resultados do ano passado foram, precisamente, reflexo dessa reorganização interna, mas também do esforço da equipa de eventos que, durante o período pandémico, propôs desafios a clientes com quem a organização ambicionava trabalhar e que agora começam “a dar frutos”.
Entre as três áreas de atuação da WSA, os eventos foram a vertente que mais contribuiu para os resultados de 2022, sendo que cerca de 70% desses foram organizados para privados e marcas premium. O foco da empresa é criar experiências “feitas à medida”, para clientes que “já viram tudo ou podem comprar tudo”. Da carteira de clientes da empresa constam nomes como Cartier, BMW Group, Van Cleef & Arpels ou Symington.
Não obstante a relevância do vértice produção de eventos na atividade da WSA, as restantes áreas também “cresceram bastante” em 2022. “O brand content ganhou muitos novos clientes de peso e no agenciamento começámos a produzir os espetáculos da Bumba na Fofinha”, sublinha.
Foi precisamente através do segmento da gestão de carreiras que a empresa acabou por entrar numa nova área de negócio, com a produção para televisão de uma série do artista Salvador Martinha intitulada “Sou menino para ir”. O conteúdo, que já existia no espaço digital, teve os direitos vendidos à RTP, pelo menos, para esta temporada.
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No que respeita a expectativas sobre o desenvolvimento da produção para televisão, o futuro está ainda em aberto. “Temos liberdade, mas não temos como foco estratégico a produção de conteúdos para televisão sem os nossos agenciados”, remata.
A transição de 2022 para 2023 ficou ainda marcada por um reforço da equipa nas áreas de eventos e brand content, com duas novas contratações a juntarem-se às fileiras já compostas por 11 profissionais.
Futuro de crescimento
Depois de um 2022 que atingiu e ultrapassou objetivos definidos, as previsões para 2023 trazem crescimento no horizonte. De acordo com Tiago Santos Paiva, o ano tem corrido muito bem, “acima de qualquer expectativa”, especialmente devido aos espetáculos ao vivo de dois dos artistas agenciados – Bumba na Fofinha e Salvador Martinha, que tiveram eventos no mesmo ano.
As projeções apontam para um “aumento considerável da faturação”, na ordem dos 50%, embora esse crescimento não seja “proporcional ao crescimento da rentabilidade interna”, ressalva o CEO, explicando que tal acontece porque os resultados são divididos com os agenciados.
A atividade nos projetos de brand content e de eventos também tem sido movimentada, pelo que, ainda que retirando a área de gestão de carreiras da equação, o gestor acredita que 2023 será “novamente um grande ano”.
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